Viagens de memória - diving

Estamos a acabar 2009! A minha viagem deste ano foi o interail em Maio: reviver os interails numa viagem pouco planeada pela europa central. Foi bom, mas soube-me a pouco... quando se está com o espírito eternamente em viagem, o interail cruza-se com a australia e com Bali. Por sua vez, o surf em bali cruza-se com as praias em itacaré e o Kelimutu nas flores com o pantanal no Brasil... talvez porque está a chover e muito, e o mar agitado, a viagem da minha memória deste final de ano situa-se nos mergulhos em Timor, na Indonésia e em Cabo Verde... Diving é o sossego e a calma na vastidão do mar, embora o encontro com os tubarões de reef fizessem mexer e muito o meu coração e esgotar depressa a garrafa de oxigénio... mas tirando estas excitações, o sossego e o anti-stress é a palavra de ordem do mergulho... assim como neste final de ano hesito entre a alegria e a excitação da passagem de ano com os amigos ou o sossego das recordações dos momentos mais vividos... para onde ir?

Um Natal no Rio (2003)

A viagem partiu de Mnas gerais em Tiradentes com os meus amigos Brasileiros, António Andrada e família. Depois de duas semanas à descoberta de minas gerais, de ouro preto e de Belo horizonte, partimos para o Rio, Passamos por Petrolandia nas montanhas e já de noite caíamos no Rio. Por engano fomos parar a um bairro de lata cheio de policiamento mas depressa de lá saímos com uma dose de adrenalina pelo corpo... paramos num hotel em copacabana a nossa base para a descoberta do Rio, neste Natal de 2003. A praia, o surf, o mar, o Cristo Rei sei lá, foi tudo muito muito bom, que saudades! Numa das noites decidi sair sozinho pela praia de copacabana deixando os meus amigos entregues no hotel. Havia uma festa na praia e o pessoal das favelas à volta de copacabana desceu até à praia. Claro que não levava dinheiro nem máquina fotográfica e misturei-me na festa como se fosse um carioca... de vez em quando metiam-se comigo mas não abria a boca, apenas observava a dança na areia e a cachaça que ia encharcando o corpo de cada um... então decidi sair dali, achei que o ambiente estava demasiado pesado mesmo para uma sexta feira á noite carioca a comemorar uma antecipação do natal. A inauguração das luzes de Natal em Copacabana e no Leblon abriram a pompa natalícia. Mais tarde soube que uma árvore de Natal seria inaugurada todos os anos na lagoa de Rodrigo de Freitas. Sempre num calor tropical de Verão a convidar sempre para um suco de coco.

Um natal na Nova Zelandia (1990)

Um Natal no hemisfério sul é um Natal no Verão. Na Nova Zelandia à medida que se vai caminhando para sul o verão vai-se aproximando do dos paises nórdicos. Há uns anos um dos glaciares quase que chegava ao mar e apenas se via o pingar nas pontas do mesmo. Viajar na Nova Zelandia é como viajar no paraíso. Na ilha a norte uma paisagem cortada com cones de vulcão e geysers furiosos a mostrar que a terra está bem viva e a sul, montanhas entrecortadas de fiordes e cobertas de neve. Na costa molhada chove todos os dias, quer seja verão quer seja Inverno, mas no sul o verão tépido em paisagem natural leva-nos a saborear cada canto da paisagem sorvendo cada bocado para a memória futura.

Em Seul no Natal de 1988

Há vinte e um anos decidimos um Natal diferente num ambiente frio que não estavamos habituados. A paisagem gelada de Seul marcava a diferença de um ambiente mais tropical como era o de Macau. A temperatura rondava os doze graus negativos. Na rua havia vendas de coisas de Natal como em qualquer lugar do Mundo. A doze graus negativos, os vendedores protegiam-se com aquecedores entre as pernas. As pessoas faziam as suas compras indiferentes ao frio cobertas de cachecois e de gorros. Nos centros comerciais o ambiente era quente e apelava ao vinho saké... Na Coreia conhecia-se Portugal através de Rosa Mota que tinha ganho uma medalha de ouro nos jogos olímpicos de Seul uns meses antes... passear numa paisagem gelada num ambiente que fazia lembrar o japão era novidade... ver os rios gelados e as arvores protegidas com um estilos de mantas para a resguardar das temperaturas... mas foi quente a sensação de um ambiente gelado que não arrefecia um Natal diferente do habitual... e não são esses os melhores Natais?

Uma viagem pelo Japão

Já foi há muitos anos, perto da meia noite estava num aeroporto de Tóquio sem bem saber para onde ir. Peguei num telefone e com a ajuda do lonely planet fui procurando quarto. Num Inglês telegráfico lá consegui uma reserva num hotel que me parecia não ficar longe de uma estação de metro. Passado meia hora saia numa estação de metro no centro de tóquio não longe da torre tipo eiffel . Não sabia se haveria de virar à direita, se à esquerda... perguntava às pessoas mas ninguêm me entendia e continuava o seu caminho. À sexta feira à noite há muita gente e alcoolizada nas ruas de Tóquio, em contraste com os restantes dias da semana em que tudo parece em perfeita ordem... Pois calhou a um Japonês totalmente bêbado perguntar onde ficava o hotel... ele agarrou-me no braço e disse-me come with me... sem saber o que fazer, optei por mante-lo agarrado ao meu braço. Num ziguezaguear camboleante por uma rua de tóquio lá me mostrou o hotel. Aliviado agradeci-lhe naquele baixar de cabeça... Ele perguntou se queria beber alguma coisa mas recusei... e assim se inicou uma semana pelo Japão onde fui até Hiroshima passando por várias cidades. Comprei um pass de uma semana numa das redes de comboio, o que permite a um estrangeiro (apenas não residente) viajar por onde me apetecesse, sem destino, num país extremanente organizado e com tudo a funcionar bem... e pagava-se muito por essa organização... por isso procurei sempre a solução mais barata... principalmente nos quartos traidicionais aonde se dormia no chão e nos bares onde se vendia sopa de massa com uma mistura qualquer...

Uma viagem a Minas Gerais

O frio aproxima-se de portugal...É o início do inverno com chuva, vento forte e ondas que impedem a minha actividade favorita: viajar nas ondas... Olho o mar da janela de minha casa e vou mais longe, desço o olhar para sudoeste e estou no Brasil... Faz já seis anos que andei por lá, exactamente nesta altura do ano... O início do Verão, com alguma chuva mas cheio de calor... quer do clima quer do calor que só os brasileiros e o povo mineiro em particular nos sabem transmitir. Reaprendi a rir ao gosto brasileiro, a rir-me das anedotas sobre os portugueses com D. João VI a figurar no anedotário da região... aprendi a reagir a uma boa piada lançando outra de igual para igual... aprendi a sentir que a alegria e a boa disposição é o caminho para a resolução dos nossos problemas... Voltei a Portugal com o ensinamento e esse astral em cima...e com muita vontade de regressar.... e está na altura... para recuperar esse astral de novo...

Uma viagem aos anos da revolução

Fez ontem 35 anos sobre o 25 de Novembro de 1975. Para uns, o início da liberdade em Portugal e para outros o fim do sonho de Abril. Procuro na memória os momentos registados nesse dia, Durão Clemente a falar na televsão com sinal cortado no meio do discurso, uns paraquedistas a chorar e tristes pela sua entrega a outros militares e um Eanes frio e de óculos tipo Réban a surgir na penumbra ,fazendo lembrar um Pinochet caído em Portugal! Felizmente só o rosto era semelhante ... Mas os anos setenta são marcados com o calor revolucionário, com a emoção dos acontecimentos,com o rock pesado a marcar o grito da liberdade de expressão. Os retornados de Angola e de Moçambique deram alegria a um povo que ainda vivia tristonho apesar da revolução e da pobreza em que vivia. Foram anos difíceis para eles que também souberam dar a volta com o sorriso das canções tropicais que deram um rumo mais quente ao nosso quotidiano! É a década de Zeca Afonso e de Ary dos Santos mas também dos Pink Floyd! A década em que a música e os poemas tinham sentido juntos. Tinham força! e apetecia ouvir e sentir.

XV FUMP uma viagem ao Folklore do Minho

Pois, mais um FUMP se passou, desta vez no grande teatro circo. As três da tarde percorremos o centro da cidade de Braga anunciando o espectáculo que se iniciou praticamente na hora certa, as 9 e 45 minutos. A sala esta razoavelmente cheia não obstante o jogo de Portugal Bosnia à mesma hora. O golo de Portugal perto das 21 horas animou-nos para o início do espectáculo... O grupo infantil da Fulbenkian inicou o espectáculo e muitíssimo bem. A nós, grupo folclórico da Universidade do Minho coube-nos a quarta entrada. O teatro circo é deslumbrante e deixou-nos igualmente animados para a actuação. Os fios que percorriam o palco foi um entrave que causou alguns problemas mas que depressa foram ultrapassados... o público muito animado com a sua música,na verdade este é o coração do Minho nas Chulas, Viras , Malhões e Valsas cheias de fulgor, não fosse o Minho uma fonte de energia e de alegria para Portugal...

Uma viagem ao Festival Universitário de Musica Popular FUMP

Sim, hoje é mais um dia de festival FUMP. Ocorre uma vez por ano, mais ou menos por estas alturas. Este ano coincide com o 25º aniversário do Grupo de Musica Popular da Universidade do Minho. Também este ano vai ser o primeiro no (quase novo) teatro Circo após remodelação. Uma viagem ao nosso folclore, às nossas raízes musicais, ao que se adaptou das músicas de origem é uma viagem ao Portugal que temos dentro de nós. Eu não nasci no Minho e por isso sinto outra música dentro de mim, mas depressa adoptei estas chulas e estes malhões que se encostaram ao canto das saias do redondo e aos cantares profundamente arrastados da musica da planície alentejana... Os estilos são totalmente diferentes como diferentes são os alentejanos dos minhotos, mas há uma alegria em ambas, a puxarem para uma grande participação de todos.

Uma viagem ao Nepal e há tanto tempo...

O nepal é um país de referência para quem adora viajar... Tem de tudo, história, cultura, entre a milenar e a quase recente trazida pelo movimento hippie dos anos sessenta do século passado e uns passeios pelas montanhas de cortar a respiração. Nunca mais voltei desde o Natal de 1987 e veio-me a recordação da beleza das montanhas, dos restaurantes à luz da vela com musica de procolharum, George Harrison , Rolling stones... do arroz comido com as mãos, de exibições junto aos crematórios onde um homem mostra o peso do seu pénis com uma pedra atada aos testículos e ao dito, dos encontros ao fim do dia nos hoteis com tecto aberto para as estrelas e porta solta... as botas a guardar debaixo da almofada pois era um bem que atraia ladrões... das fogueiras de principio de noite e da subida pela montanha... um país para quem gosta de aventura e de surpresas...

Uma viagem com tudo ao Monte

tudo ao Monte foi um grupo constituido ha alguns anos para percorrer as serras de Portugal e de Espanha. lanche preparado, alegria muita e sempre um fim de semana bem passado entre os montes e o calor de uma lareira á noite, entre as tendas preparadas no melhor sítio da serra... nem sempre, às vezes aproveitando os dormitórios das pousadas da juventude para esta gente cujos filhos dão vigor e nome à juventude que vai permanecendo... Como tudo na vida, o tudo ao monte também desapareceu... fica a recordação desses bons tempos de amizade . Uma viagem as serras de Portugal é uma viagem às memórias desse grupo.

uma viagem ao sul da china...

Ena, já há tantos anos... as recordações sobrepõem-se às imagens do nosso dia a dia, como que um aconchego de um bom momento vivido. Felizmente tive muitos assim, que vão alimentando as minhas recordações... como esta imagem em véspera de Tian-a-men, onde ainda se respirava nestas pequenas aldeias agrícolas á beira de um grande lago. As massagens chinesas deixavam os nossos corpos bem doridos mas a alma limpa... e o encontro de duas culturas provoca a curiosodade de ambas as partes... em crianças até é mais fácil, um estender da mão é compreendido em todo o lado... Entre os adultos o diálogo era mais complicado, mas o meu mandarim aprendido em Macau com uma excelente professora de xangai serviu para alguma coisa... é tão bom viajar...

Uma viagem ao nascimento de um elefante

Ontem enviaram-me este filme sobre o nascimento e os primeiros momentos de vida de um elefante. O esforço da mãe para pôr o elefante bébé a respirar é dramático e lindo ao mesmo tempo. Nascer comporta um risco de sobrevivência, pessoas e animais percebem e interiorizam este momento... e daí a grande importãncia de o festejarmos todos os anos até que outro drama nos leve...

Uma viagem nas ondas...

Fechado no meu gabinete olho pela janela o Bom Jesus escondido entre as árvores e o casario que foi limpando a encosta. Ano após ano crescem prédios pela encosta e o verde transforma-se em branco e vermelho dos telhados... Então procuro o azul e o verde do mar... vou fechando os olhos à procura da brisa e da onda ideal para a surfar... hoje é quinta feira! daqui a umas horas estarei já bem perto dessa brisa e o cheiro da maresia começa a despertar o meu desejo! è sempre assim ás quintas feiras! Mistura-se um cansaço da semana com a energia repentinamente criada desse mar não tão azul como gostaria mas ainda suficientemente atraente para o desejar.... e muito!

Uma viagem às praxes

Desde Setembro que os sons das praxes me entram pela janela do meu gabinete. Sinto uma mistura de sensações, entre o divertimento e a angústia de preocupação por quem não suporta aquelas cenas e se sente obrigado a participar. Não tenho experiências de praxe mas tenho de um serviço militar que me trouxe também sentimentos fortes: o da camaradagem que se criou e o da repulsa pelos gritos que nos soavam aos ouvidos, do sargento que nos insultava e de uma obrigatoriedade a uma disciplina que nos parecia ignóbil para uma juventude bastante contestária... mas, depois de tudo, ficou um sentimento forte de amizade, talvez criado pelas histórias vividas e que nos dão agora a oportunidade de contar sobre aquela desgraça toda. Será esta a força também da praxe?

viajar num ambiente de luz de velas...

As viagens de lazer transportam-nos sempre para a aventura e para o romance. Falamos dessas férias e um sorriso se vai abrindo do centro para o canto dos nossos lábios...houve certamente uma aventura, a descoberta de algo exótico, seja na natureza seja em nós... as viagens trazem-nos as vivências, a experiência, o que podemos transmitir ou compartilhar com outros... as viagens unem as pessoas, assim como uma canção que traduz sentimentos vividos e compartilhados com alguém.. assim como este Why worry dos Dire straits... outra melodia que nos leva ao fim do mundo!

revisitar uma cançao romantica

uma canção linda que já a tinha ouvido há tempos... interesante este passar de musicas e de testemunho de geração em geração...cada canção na sua versão, mas a mesma força de uma história cheia de romantismo... as vezes é preciso uma viagem destas...ao nosso sentimento....

Uma viagem aos mercados

Os mercados aproximam o oriente e o ocidente, o norte e o sul... Porém cada mercado tem os coloridos dos seus vegetais e das suas especiarias. Aqui são os vegetais picantes, o arroz preto e branco e os vendedores sentados junto das suas mercadorias... uma viagem aos mercados é uma viagem aos sons dos pregões, dos dvds piratas, das buzinadelas das bicicletas, numa aparente confusão onde o equilíbrio de mercado se forma da discussão surgida entre o vendedor e o comprador numa conversa sem fim e sem stress pois ir ao mercado é ir preparado para uma boa manhã cheia de conversa a pôr em dia ... seja no Sulwaesi ou em outra parte do mundo...

Timor, Indonésia..a saudade do oriente a bater-me à porta

Ontem encontrei-me com um grupo de professores timorenses que estão a estudar em Portugal e perguntaram-me: quando volta para Timor? respondi, se pudesse ia já hoje! Apesar do clima soalheiro que agora faz em Portugal, tenho saudades de Timor, daquele calor equatorial, e da simpatia das suas gentes. Tenho saudades das quintas feiras dançadas ao som de um reggy timorense, de copo de gin na mão até às tantas... das corridas junto à praia ao fim da tarde e principio da noite e do surf que se seguia em Bali depois da estadia em Timor... As vezes tenho pena de não ter o dinheiro suficiente para decidir a minha vida como gostaria... não é um lamento...às vezes um sonho como este New York New York dançado por vários jactos de água num shopping center de Jakarta...

Uma viagem às nossas origens...

Este fim de semana revi o filme de Kulbrick, 2001 odisseia no espaço. Um excelente filme que marcou a minha adolescencia e perdura ao longo de décadas. Um ensinamento ao que nós somos hoje, a conquista do espaço, a razão da nossa agressividade, a forma de viver em comunidade, a passagem ao nível superior... Este filme faz-nos sonhar e reflectir. É uma viagem intensa ao nosso passado. Como as descontinuidades não existem, o que nós somos hoje tem ainda do que fomos... a luta pela sobrevivência, a luta pelos recursos escassos, a lei do mais forte... Guardamos a frase, dos fracos não reza a história, mas a vida foi feita pelos fracos, pelos derrotados feitos escravos e que fizeram as grandes obras, pela plebe que construiu os castelos e os proletarios que mudaram a sociedade agrícola em industrial... e inventamos as tecnologias que nos transformaram na sociedade do conhecimento... Uma linda viagem este filme, sim senhor!

Os caminhos de Ronaldo

Há quatro anos Cristiano Ronaldo foi engolido pela população de Dili. Agora, que se aproxima o momento da verdade, se a selecção nos vai dar ou não a possibilidade de reviver as emoções de há dois anos, de há quatro e de há cinco anos, ficam os momentos, mesmo os daquela derrota contra a França. Temos saudade de Scolari e das emoções criadas! Quer se goste ou não de futebol, os momentos de alegria e de emoção colectiva perdura numa memória que alimenta em demasia o nosso pessimismo e baixa auto estima. Quero lá saber se nos dão o futebol,o fado e o pão e o vinho para anestesiar os problemas... ora parte dos problemas são efetivamente curados com esse futebol, esse fado e esse pão e vinho...

Sumbawa aqui sumbawa ali...

Quer conheçamos ou não sumbawa, o nome atrai por si.... soa a férias, a sossego, a descanso... a sol... a praia... a refrigerante...mas Sumbawa é uma ilha enorme situada entre lombok e as flores,na Indonésia.... atravessar a sua costa demorou mais de um dia... toda recortada e picotada... foi uma viagem de sonho num pequeno barco que partiu de lombok, que mergulhámos algures perto de Sumbawa e se dançou uma coisa parecida como kuduro a volta de uma fogueira e se contaram histórias da nossa terra... Agora que a Indonésia está de novo a ser atingida por sismos, a recordação daquelas gentes maravilhosas que sofrem frequentemente os excessos da natureza... mas mantêm o sorriso para além do calor tórrido dos vulcões e do clima equatorial...

O regresso às aulas

O ambiente é já de aulas embora o seu início ocorra para a semana. A cultura universitária é marcada com aquelas praxes e os trajes que tentam marcar a diferenciação. Apesar desta demonstração estudantil não sinto que haja uma cultura universitária... há o começo das aulas mas a continuação dos artigos de investigação académica... há os pretensos orgulhos dos rankings e da excelencia traduzidas por avaliações mas existe pouca reflexão sobre o que fazemos, o que partilhamos e o que queremos para a universidade ... A universidade são dois mundos, o da aulas e o da investigação, a maior parte das vezes afastados um do outro, com níveis de exigência diferentes..eu gosto da parte académica, as viagens ás aulas e ao sentimento de aprendizagem... à investigação interessante também tenho paixão embora aqui a história não seja sempre muito agradável...

Viagem aos anos oitenta-noventa

Nunca fui pessoa de olhar para trás mas reconheço que trago sempre dentro de mim o que vivi. Tempos a tempos essas memórias explodem e invadem um pouco a minha vida presente. Hoje é talvez um desses dias, olho o mar e vejo nele as viagens de há vinte anos... os caminhos pela Birmãnia, a pequena negociação que lá se fazia, ora vai um par de calças ora vem uma estatueta, um chá que se toma entre comprador e vendedor e com uma conversa alegre se vai acumulando a mercadoria trocada... as vivências com os meus filhos no início da sua infãncia fazem de mim um "kota" saudosista que regista esses momentos de alegria... engraçado, dou-me conta que afinal , viver o presente nunca pode ser por de lado o nosso passado, mesmo que só valorizemos o que vivemos hoje... engraçado esta sensação, navego entre esses dois mundos, não sei qual o melhor, são apenas dois momentos que se entrecruzam...

O regresso ao Grupo Folclórico da UM...

O fim das férias e o regresso ao trabalho tem o seu lado agradável: o regresso ao Folclore do Minho, às chulas,aos malhões e aos viras... quando era mesmo criança ficou-me na memória os programas enfandonhos de Homem de Melo e do termo chulas e malhões... nunca imaginei fazer esta viagem no tempo e voltar a estas chulas... mas agora sem esse ar enfandonho... o que a idade faz numa pessoa...

A viagem do trabalho...

É o regresso ao trabalho e ao stress... ele faz parte da nossa vida não é? O trabalho pela remuneração que proporciona...o stress para justificar a remuneração... fica-nos o sabor dos momentos de lazer,dos passeios àbeira mar,do acordar a qualquer hora, das noites bem dançadas... fazem também parte da nossa vida pois dão o bem estar necessário para enfrentar o ano seguinte , atenuar o stress que a vida profissional proporciona e ajudar a produzir melhor... entretanto, a última das últimas festas de férias... azurara 2 ... a azurara do surf continuará certamente...:)

Azurara

Azurara é a praia que fica encostada aonde moro... é o meu refúgio aonde me liberto do stress mas também aonde trabalho... onde faço surf... onde tomo um verde ao fim de tarde com o por do sol pousado em meu nariz... também é o sítio onde refilo contra a falta de cuidado e de poluição das praias... o rio Ave é o mais poluído de todos os rios...mas a culpa não é do rio ..mas do nosso comportamento... e o sítio onde se curte uma verdadeira festa rave em plena praia com muita musica e muitos copos... e é esta festa à beira de casa que relata a minha viagem ao fim do mundo...

Castelhanas

O folclore do nosso pais vizinho é muito rico em termos msicais e em termos de dança. Pudera, afinal são várias nacionalidades num só país! Estas castelhanas é uma confusão total... primeiro, fiquei a perceber que os braços são ligeiramente inclinados para a frente, como os cornos de um touro, quando em Portugal o vira minhoto nos põe de braços bem levantados e paralelos à cabeça... será como os do cavalo? depois gostei da posição das mãos encostadas à cintura como que a enfrentar o touro... em Portugal são geralmente as mulheres que adoptam essa posição na dança... e depois as voltas, o bater do pé no outro e a confusão...las castellanas.

Taichi chuan no Andanças

Há vinte anos atrás comecei a fazer Taichi nos jardins de um hotel em Macau. Um senhor chinês andava por lá para quem quisesse aprender e estar em Macau seria sentir também como os chineses o sentiam. Milhares de chineses juntavam-se nos jardins lou lim yok, junto ao farol e a outros jardins num movimento de beleza e de coordenação. Tudo era feito de uma forma que me parecia automatizado... A aprendizagem foi lenta e esquecida com a minha saída de Macau. Por isso foi bom recordar aqueles movimentos no Andanças. Lembro-me de quando se empurrava o ar se sentia que qualquer coisa era empurrada... essa sensação do nada ter volume e peso foi uma das sensações novas que aprendi no oriente. Mas o mundo avança e esse nada foi esquecido... esta tentativa de regresso ao taichi já não me trouxe aquela sensação por falta de prática.. mas fiquei com uma vontade enorme desse reencontro com o nada!

Dança Finlandesa com sotaque portugues

Dançar a polca é gastar energias e fechar os olhos para não se ficar tonto com tanta volta. Mas dançar uma musica popular finlandesa é associar a alegria do polca á suavidade da musica e do processo de relacionamento social... vai rodando vai mudando troca o par e conversa-se.... neste vídeo descobri primeiro a Helena e depois a mim num folk de surpresa de uma tarde a experimentar outras danças, desta vez as nórdicas...

O tango Novo

Nunca fui á argentina. Dizem que em Buenos Aires se respira um ar latino em cada esquina. Sei lá! mas sinto que este tango Novo é andar sem stress, caminhar dançando e entrelaçando os pés e as pernas na companheira de dança num jogo de aproximação. Rodopiar á volta do par e fazer aquela sacada... é como que conduzir a parceira à roda da sorte e encostar a perna esquerda para marcar a volta a seguir... sempre com um ar serio pois on tango é coisa séria... Neste tango novo não se sente tanto o ar de macho latino como no tango tradicional mas é tudo aparência numa calma onde se aceitam as regras do jogo da sedução e da exibição... aprendi então a fazr a sacada..o resto é caminhar camamente em todas as direcções... os caminhos e as hipóteses são várias...

A noite no Andanças

Continuam as memórias recentes...A noite é para dançar o que o dia nos ensinou... Gostei especialmente daquela dança da confusão vai adentro vai a fora, bate-se palmas e troca-se para o par que surge... as vezes fica-se de fora o que se pressupõe que devem ter entrado mais pessoas na confusão... a dança surge para socializar e divertir... conhecer-se... falar e rir... não é só estilo... e tenta-se repetir numa festa em casa com muitos amigos... ou numa festa de casamento por exemplo... Mas a noite teve estes momentos, sentir piazzola numa Igreja... rodopiar o tango com o barroco a envolver os passos... apetecia puxar os bancos para o lado, agarrar na companheira do lado e levar a musica e a dança a Deus!

No sudoeste Alentejano

Não fui ao festival do Sudoeste...depois do Andanças o mergulho na multidão não era o que mais desejava... procurava alguma calma e beleza mesmo num Alentejo pejado de mais gente do que as suas gentes... Milfontes já não tem tanta aparência da Vila Nova Alentejana da minha infância mas tem ainda o suficiente para desfrutar desse encontro com o meu Alentejo do pão cabanitas, do polvo e do arroz de tomate com carapau frito... Até das bifanas, sim elas são diferentes das bifanas do resto de Portugal. Sabe-se lá porquê...! Mas também desfrutar das baías e do mar a bater contra a rocha xistosa... e da pronúncia linda de um alentejo sempre a cantar! "atão" pois...

Os passos lentos e profundos do Tango

Dançar o tango é como passear à beira mar... anda-se devagar, respira-se o ar carregado de sal e de humidade e encostamo-nos à doçura da vaga que vai contra a areia... Há todavia uma decisão a tomar e um caminho a percorrer... mas tudo se faz naturalmente, segue-se a onda suavemente sem grande esforço..apenas seguir como um ritual da dança do sagrado coração... a dificuldade e a beleza está na compreensão dos códigos da dança... puxar, por o pé e avançar fazem partes dos códigos da sedução e do movimento da dança...quem os souber fazer estará no coração do tango... e eu ainda tanto para lá chegar...:)

Memórias do Andanças 2009

Apenas a pouco mais de uma semana do Andanças e com umas imagens muito fortes de bem estar e de alegria dentro de mim, estremeço e sinto pele de galinha quando as imagens de alguns daqueles momentos me passam pelos olhos e prespassam a alma... Foram momentos muito bons passados com a Helena e em comunhão com toda aquela gente que gosta de música e de dançar. Já foi lindo em 2007 quando lá estive a primeira vez e repetiu-se agora. Não há dejá vu mas tão simplesmente uma alegria enorme de estar de novo em comunidade. Acho que toda a gente se sente bem ali. Dança-se com vontade de dançar, experimenta-se com vontade de experimentar. Em S Pedro do Sul nos Carvalhais entre os pinheiros e a Serra, o Andanças é um bom início de férias...começa-se em grande! A meio das minhas férias já olho com saudade para o início das mesmas...

Alentejo: Entre a rua do Capado e a Rua das Amas do Cardeal

O calor aquece-nos a alma. Percorrer as ruas de Portel e de Évora ao meio dia é como atravessar um mar de fogo! Mas o silêncio e o calor tórrido até são primos, uma entidade familiar que entre o bocejo, a transpiração e o silêncio das ruas nos leva aos nomes mais sugestivos de uma vida com a história dos que por ali surgem... A Rua do capado será o galo que foi capado? ou o gato? mas na travessa das gatas são as gatas com cio que encheram a travessa ou as gatinhas que a loja de soutien sugere? A travessa do pão bolorento é apenas uma imagem irreal de um pão que é melhor quanto mais duro, as migas fazem-se com ele duro e não bolorento...mas a travessa do beiçudo deve-se certamente á visita do homem do norte que é mais beiçudo que o do sul... mas entre a Rua do capado e a Rua das amas do cardeal julgo que por causa delas o povo eborense deve ter um dia capado o cardeal... haverá pulga na orelha de alguém? Mahomud que o diga... só cego para não ver né? isto é mesmo do caraças...

Oh Chavalo tens de aprender o bico de pato

Depois do Andanças, o Sudoeste Alentejano... as baías recortadas pelo Xisto e pelas mil fontes de Vila Nova de Mil Fontes... Dizem que Milfontes é a terra das três mentiras... não é Vila, não é nova e não tem milfontes... mas tem, isso de certeza umas praias magníficas do lado de cá e de lá do rio mira... umas ondas na praia do Malhão à espera de quem gosta de surfar... depois de Milfontes seguiu se Odeceixe... e mais ondas onde pude tentar puxar a onda com uma prancha pequenina emprestada pelo meu sobrinho... mas o people algarvio é bravio e julga ser dono daquelas bandas... e tive o meu problema... Alguém se fez a uma onda e embateu em mim que estava paradinho, deitado na prancha à espera de melhor oportunidade.... levei com a prancha na cabeça e na cabeça também tive de ouvir, meio atordoado, oh chavalo partiste-me a prancha... tens de pagar... eu? tu despejas-me a tua prancha na cabeça e ainda tens a lata de me dizer isso? retorqui eu... aprende chavalo a fazer o bico de pato... continua ele... olha não pago nada e se me estragasses a prancha eras tu que pagavas a minha... discussão no Algarve soa mesmo a Algaraviada... e numa chavalada de linguagem que me vou familiarizando...

Despedida do Andanças

Hoje é a ultima noite em terras de Carvalhais S pedro do Sul. Amanha de partida para o Sul, para Milfontes e ainda mais sol... Ainda falta a noite de experiencias das danças ensaiadas no dia, as castelhanas foram as que gostei mais.... mãos nas ancas, ole e uma para a direita outra para a esquerda rodopia, cruzes e salero... olé

No andanças 2009

Tal com em 2007 este Andanças está a ser muito bom. Eu depois enviarei fotos das danças e dos espectáculos e das pessoas que por aqui passam... Em ambiente mais fresco do que há dois anos há tempo, disponibilidade e grande vontade de experimentar as danças tradicionais de muitos paises... ate o vira do nosso minho se pode experimentar e com um grande grupo folclórico... mas neste andanças estou com muito mais vontade de experimentar as danças escocesas, o tango argentino, as danças castelhanas e as italianas... alé lá tsva... num cantigo de uma população algures da asia... tsve tse vá...

Novas Andanças

Mais uma semana de Andanças vai ocorrer na proxima semana... dedicada ao silencio... será possível em clima de dança? sentir a musica, fechar os olhos e rodopiar... em calma, sem os sons freneticos de um funky ou da tarrachinha?... de um folk das andinas ou da alegria de qulaquer latina? a dança precisa de musica mas concordo que o ruido não faz falta... mas de alegria e essa é traduzida pelo mexer dos corpos, pelas sensações de uma musica que nos vibra o corpo todo e nos faz mexer num palco improvisado, não, de vários palcos improvisados, de manhã até á noite, até se ficar coberto, dos pés à cabeça, de poeira, terra e de suor... é a natureza não é? nós e a terra, nós e os corpos, nós e a água transpirada dos nossos corpos...

e finalmente os keane

keane e Queen a semelhança do nome aparentava algum abuso ... mas o grupo convenceu mesmo! Uma nova geração que deixou nostalgia dos Queen com esta música que aconteceu de surpresa no fim dos bis entre os bis com o underpressure... e as outras musicas do grupo bem boas também! Este foi o final da viagem e o regresso " back home" mas sem pressure... na boa...

Jason Mraz nos marés vivas

O terceiro dia do marés vivas com música mais calma. Um pouco de regaee , de musica afro-americana e de humor com Jason Mraz... Agoram cantam os baixinhos... os que estão ao lado... os que não conhecem... sexy people singing...os que estão noutro espaço... uma linda viagem também... sim senhor!

Marés Vivas o meu video

Este é um remake do que assinalei com os scorpions... O you tube ficou de repente cheio das emoções de muitos que querem repartir o seu entusiamo... eu também e combinei estes momentos ... é a minha viagem ao centro do universo...porque não?

here I am like a hurricane

A ultima do concerto... sem palavras... só sentimentos

Viajar pelo mundo dos Scorpions

Foram lindos mesmo aqueles momentos junto ao Douro, entre a sexta feira e o sábado e ouvir, sentir, vibrar com a musica dos Scorpions. A saudade bateu-me à porta várias vezes em pele de galinha em cada acorde que me rebuscava outros momentos em que os ouvia. Mas pulei e saltei com o meu filho e amigos numa ligação forte entre o presente e o passado... Ele sentia à sua maneira o que eu senti há uns anos no rock and roll potente, descarado mas harmonioso e terno nas canções de embalar... fechei os olhos muitas vezes, trouxe o passado para o presente e levei o presente ao meu passado ... foram momentos muito lindos que jamais (não o "jamais" do Lino...) esquecerei... mas que viagem fantástica!

Entre as marés vivas e a música do mundo

O verão tem esta coisa boa em Portugal: há musica ao ar livre em todos os cantos e para todos os gostos ... Este fim de semana estou dividido entre o rock das marés vivas e a musica do mundo ... Entre Gaia e Vila do Conde... Entre divertir-me com o filho e sozinho... O coração leva-me ao primeiro show, o ouvido ao segundo... A idade ao segundo mas a energia contida e as vezes reprimida a necessitar de libertação ao primeiro...a brisa de uma noite que se adivinha mais ou menos calma em ambos....

Viagem no tempo

As viagens não se fazem apenas no espaço! Este Julho não é tão quente como os outros Julhos! Se calhar é porque tenho uma memória mais recente de julhos tropicais... mas este período, com ou sem calor, leva-me a deambular pela net, pelos livros que não tive oportunidade de ler ao longo do ano, a pensar em mim, na vida, no passado... As viagens ao passado são viagens encantadoras, cruzeiros não do amor mas do reencontro, da razão de estar aqui hoje... e uma das razões foi este 25 de Abril de 1974, no momento exacto de uma adolescência cheia de vida e de vontade de viver! A adolescência é bela por mais que se diga sofrida... exalta-se a paixão em cada segundo que passa por nós... a minha apanhou esta revolução... mexeu cada célula do meu corpo e fez-me aonde estou agora... por exemplo...não prescindir de ter ideias livres... de tudo e de todos... mas para todos...

Julho em Portugal

Gorada a minha ida a Cabo Verde (falta de verba mesmo com o subsídio de férias a ajudar...) contento-me a saborear esta minha azurara de Vila do Conde... por aqui continua o festival de curtas metragens, com o mar em sossego á minha frente, os veraneantes de verão a encher a vista do meu apartamento... Entre o trabalho e o mar vai-se arranjando forma de ambas serem conseguidas...O Verão é lazer mas, para mim, é o prazer do mar que me transmite energia suplementar para trabalhar... sempre andei contra relógio...

Regressso a Vigo

Estou num congresso de docencia universitária onde vim apresentar um poster e aprender como se faz um poster... mais de metade das comunicações são em poster (perto de 200) e aprendi como um poster pode ou não chamar a atenção... Mas as conferencias têm tambem a sua parte ludica e eu escolhi a visita a uma bodega...ou seja uma empresa vinícola que produz alvarinho e fica mesmo em frente a cerveira... as bocas espanholas sobre Portugal são interessantes: ali fica Portugal, a Europa (com um riso sarcastico...). Em cerveira há uma boa feira de falsificações... e o resto são as brincadeiras que nos também fazemos aos espanhois... amor com amor se paga... os vizinhos sempre foram uma relação de amor odio.... vejam os vossos vizinhos do andar de cima que vos acordam com o bater dos sapatos no soalho...

O Verão chegou

Este ano não sairei de Portugal, numa estação marcada com a ameaça da gripe H1N1 que não evitará as idas á praia e o mar em outras terras para além de Vila do Conde e da Aguça! Entre o trabalho e o desporto arranja-se o equilíbrio necessário ... Um amigo dizia-me que achou interessante uma conferencia sobre a velhice e a procura de felicidade... eu ando ao encontro da comprovação empírica desses dois estados de alma aparentemente antagónicos e que a sociedade aponta para o início do fim... mas o fim só mesmo de uma realização para se iniciar a seguinte... e de preferencia nas Togeans islands, aquele paraiso em cima do equador por apenas 70 dólares por pessoa e por semana com alojamento á beira mar e tres refeições a marcar o início,o meio e o fim do dia... queremos melhor?

Ainda na festa portuguesa: os malhões

Viajar pelas danças do Minho é também percorrer a pronúncia do norte... ficaram bastante agradados?... Já tive amores de graça agora nem por dinheiro... e bamos lá dar ao pé com esta dança da baca leiteira ... mesmo com esta porcaria do sõee...bamos lá....

S Joao

Viajar em Portugal neste m~es é passear-se pelos santos populares. Cada terra tem o seu Santo de eleição e quasetodo o Norte é o S João. Numa exibição que fizemos no Centro de Apoio de Braga, o Grupo Folclorico da UM iniciou o seu S João.. que continuaria no Bar Académico e depois pela Avenida da Liberdade até às tantas... Não foi uma viagem noutra terra mas na nossa terra... Não é minha que também sou produto importado mas vai sendo...

memories: Singapura onde o oeste encontra o este

Singapura fica quase em cima da linha do equador... meia dúzia, se tanto, de graus acima... Encostada á Malásia e à Indonésia (e aproveitei para a misturar com outra cidade ao lado, Manado, que pretende ser uma Singapura do Sulwaesi), esta cidade vive do sonho americano de que a modernidade muda os estilos de vida... E a modernidade é traduzida pelos shopping centers modernos, pelas praias artificiais, pela tecnologia avançada e pela diversidade cultural dos seus bairros... É possível essa mistura? Um dia em Singapura é um dia que nos deixa exaustos, o calor e a humidade colam-se ao corpo e só o frio dos centros comerciais no alivia um pouco o passeio... mas à noite, o calor é sempre atenuado com a Foster e os camarões elaborados á maneira chinesa em restaurantes de rua à boa maneira de Hong Kong e de Macau...

Memories: Rio de Janeiro no início do verão

Quando se fala do Rio de Janeiro que imagem nos surge? Um Cristo a olhar embevecido e de braços abertos para uma praia de Cobacabana cheia de corpos despidos a curtir o sol carioca... Lá atrás, surgem as favelas a colocar alguma ordem aos problemas de segurança, mas que importa a insegurança quando temos um mar esverdeado e aloirado pela beleza e pela alegria? Mas serve para pôr alguma ordem ao desejo de desbravar esta cidade encostada e apertada áquelas montanhas, recortada pelas baias e pela alegria! O Rio saboreia-se como um suco de coco! de preferência no calcetão e com um olho virado para o Cristo e outro para os corpos na praia...

Continuando nas memórias:Bromo

O Verão é o período de férias e de viagens... para mim este ano vai ser o sossego desassossegado de Vila do Conde... Sossego porque estou em casa, ao contrário do que tem sucedido nesta época do ano e desassossegado porque vivo junto ao mar e é o período de estar cheio de gente, sem espaço para estacionar, guarda sois coloridos e lancheiras a encher a praia... é o período que menos gosto de estar aqui apesar do calor apelar ao banho de sol na varanda e de mar em frente... Bromo veio-me assim como que a dar um braço ao desejo de regresso urgente à Indonésia... talvez para o ano... O nascer do sol em Bromo é espectacular... uma bafurada de fumo espirra de um vulcão de dez em dez minutos e o céu começa a ter uma cor alaranjada à medida que o fumo vai tapando o sol que se eleva rapidamente junto ao equador...

O sacrifício do bufalo em Toraja

Durante muito tempo recusei apresentar esta parte do filme pois achava que podia afastar o sentimento de harmonia da cerimónia fúnebre em Toraja. Apesar de impressionante não era fundamental... O pedido de um investigador levou-me a publicar este filme... Não se pode cortar a realidade como se apenas existisse um lado! Tudo faz parte dessa harmonia até o que nos choca... A carne destina-se a ser distribuída pela população e qualquer matadouro deve ter um processo semelhante... seja com catana ou com pistola... mas a morte é violenta quando associada a um sacrifício. Cada vez que tento observar estas imagens não as consigo olhar de frente até ao fim, talvez por repulsa, talvez por medo, talvez apenas uma esquizofrenia cultural... e logo eu que vim do país das touradas onde, aí sim, se maltrata o touro com ferros no dorso nuns intermináveis minutos em que o colorido não disfarça a dor...

Em Toraja: o valor da vida e da morte

Mais uma memory e desta vez com a Helena no Sulawesi! O tour dos cemitérios. Para nós, a morte é algo sórdido, sombrio, cinzento... como se a vida estivesse longe da nossa etapa seguinte, a morte... Nunca queremos falar dela... Em toraja a morte está a vista nas cavernas, está exposta, é motivo de grandes festas de homenagem ao morto... por isso não se tem tanto mdo dela... a morte faz parte da vida... e é isso gostei deste grande passeio pela cultura Toraja...

Memories:Entre Yogyakarta e Portugal um regresso

O sossego, o barulho em sossego, de novo o barulho e o regresso que é sempre misto entre o silencio,a alegria e a nostalgia... Uma cidade cheia de vida em Yoggyakarta,o barulho das motos mas os silencios dos riquexós... o palácio do sultão e a harmonia nasquela orquestra... às vezes sente-se uma nota mal colocada mas depressa esquecida naquela harmonia que só os povos daquela zona do mundo são capazes... a paciência do chinês pode ser alargada á paciência do sueste asiático... depois o regresso... as nuvens e o simão... o calor de chegar a casa...home sweet home.. mas fica sempre a nostalgia por onde se andou...

memories: Presidente Xanana

A cerimónia começou com toda a pompa e circunstância... a recepção ao embaixaor da coreia era aspecto secundária face á presença de Xanana e da sua família. Os cantos, os tambores, os gritos tribais entre a montanha e o pó encheram-nos a alma da vida numa aldeia recatada no coração de Timor a muitas e muitas horas de distância de Dili...

Memories: Atu Biliku 2005

Junho é mes de festas também em Timor. Subir o Ramelau, sentir Timor por cima das nuvens e descer em Atu Biliku com festa de recepção ao então Presidente Xanana. Que outro fim de semana se poderia desejar melhor? Esta é a festa de preparação da recepção, o ensaio geral para tão importante cerimónia. Está bem guardada nas minhas memories de Timor...

Memories: Aileu

Faz um ano que parti para Timor... Este ano estou por cá e sinto um vazio enorme pelo país tropical, pela alegria dos estudantes timorenses, pelo mar azul turqueza... Ficou-me então a memória por este mercado em Aileu, para além das montanhas que ficam atrás de Dili... São duas horas de curvas e contra curvas para percorrer quarenta ou cinquenta quilómetros mas chega-se a uma alegria tão vivida de um mercado que apetece mergulhar nele, cheirar os seus odores, vibrar com os seus sons, os seus paladares e untarmo-nos nas cores dos tais que se vão encontrando por aqui e por ali...

Em Muniche a comoção de ouvir, ouvir, ouvir...

Estão a ver aquele grupo junto de uma joalharia (Juwelier acho que é joalharia...) em Munique? Comecei a ouvir uns sons na rua e aproximei-me devagar a pensar que estaria numa sala de espectáculos... receoso puxei da máquina fotográfica... não queria registar o todo que tanto desejava pois isso seria injusto para quem vende o CD, mas a música era por demais linda, penetrante e envolvente... Ficou o registo do que acho eticamente aceitável e comprei o disco para ouvir calmamente no sossego das minhas memórias...

street music in Vienna

Viena não transmite apenas as valsas nos grandes palácios mas a musica´instrumental está em cada canto da cidade. O violino é talvez o instrumento que mais ouvi em Viena...sei lá... ouvi de tudo num festival de musica de rua e com uma boa cerveja na mão... ao por do sol... encostado aum recanto qualquer, alheio ao movimento que por mim passava numa indiferença mútua...

street music in Barcelona

O que mais gostei da minha viagem de interail foi a possibilidade de ouvir e de sentir a musica nas ruas das cidades por onde passava. Barcelona revela alegria. Nos recantos das igrejas, as melodias mais suaves contrastam com a alegria transbordante da musica junto ao porto... Barcelona é vida a transbordar por cada canto da calle...

Viagens (agora) na minha terra...

Felizmente que me encontro de licença sabática pois ainda não sosseguei... será que o sossego existe mesmo? pelo menos ele vai-se instalando na minha cabeça.. são os momentos em que procuro um caminho novo, um rumo na minha vida... Esta primeira semana pós interail tivemos uma actuação do GFUM-GMP no restaurante panorâmico da Universidade do Minho e o enterro da gata. Pertencer ao primeiro grupo deu-me a possibilidade de bilhete de entrada no segundo e, como aprendi, na natureza nada se desperdiça o bilhete foi bem aproveitado mesmo... E pronto, estou agora em melhores condições para retomar os projectos em que me encontro envolvido!

E as ultimas... A Riviera Francesa

Ultimos dias de Interail... com toda a viagem a ficar para tras o regresso começava a impor-se... e terminar um interail num zona chique a sonhar com um nível de vida impossivel... mas sonhar faz parte da vida... que frase rasca...lol

Em Pisa com muitas Pizzas no bucho...

Foi o alimento de preferencia desta viagem... acho que provei todo o tipo de pizzas... e em Pisa mais uma que sabe sempre bem com uma boa cervejola... a dieta ficará para o regresso...se conseguir... Mas Pisa é a cidade de memórias de uma Itália que não se conhece...é a cidade símbolo de Itália... quem não ouviu falar de Pisa e de pizzas? Aqui fica uma boa Pisa servida com Gienni Morandi...

Seguiu-se Split_Sibenik

Ainda no Sul da Croacia, rodeada de ilhas estas duas cidades mereceram quatro dias de descanso, do pouco sol que fazia mas que dava para perceber quanto o ambiente mediterranico é forte e apelativo. Foi em Split que encontrei um fâ do FCP, o Perica Curcic e que lhe fiquei de enviar lembranças do FCP... prometido é devido e é uma das cosias que irei fazer. Aliás o FCP é a equipa vencedora e merecedora do título, sem qualquer argumentação contrária...

Dubrovnik

De zagrebe parti para Split numa viagem de noite e seguida de mais uma de camioneta. Dubrovnik é patrimonio mundial e a cidade fica mesmo no fundo dos fundos da croacia, encostada a Bosnia e ao Montenegro. Mais uma boa memória da Croacia.

memorias da Croacia: Zagrebe

Zagrebe foi a cidade visitada a seguir a Budapeste e retomada depois de percorrer a Croacia até a ponta mediterrancia em Dubrovnik. Depois de percorrer a europa central a primeira surpresa foi o clima mais mediteranico e as pessoas que começavam a ter algumas semelhanças com as portuguesas. Mas so em Zagrebe porque de resto, os rostos eslavos impunham-se. Percorri a Croacia quase sempre à chuva mas não diminuiu o meu prazer por este país, conforme indiquei no diário... Quase de partida de Zagrebe, encontrei alguem da Bosnia que me indicou que estava com fome e que nap tinha sitio para dormir. Num Inglês muito reduzido percebi que zagrebe continua a ser a capital receptáculo de emigrantes à procura de qualquer coisa para sobreviver. Dei-lhe todo o resto de dinheio que tinha em Kuns, para ai uns tres euros, o que o deixou bem agradecido e a mim de boa consciencia. Foi a despedida de Zagrebe.

a ultima desta serie...Florença

Firenze é florença... parecem duas equipas de futebol a marcar uma aparente competição entre a nudez e a religião... nascemos nus e nus ficaremos depois dos ultimos artificios do festejo da morte... não é?

e Bratislava ao lado...

Acordei em Bratislava e as seis da manha fui a sua descoberta... a luz do nascer nos edificios marcaram a surpresa da descoberta desta cidade eslovaca que aderiu ao euro...

segunda memoria: budapeste...

A canção cigana e a cultura da europa central foi o que me deixou na recordaçao.. assisti a um espectaculo por acaso entrando e penetrando no coração da cidade a procura de emoção... por acaso e ao fim do dia fui aterrar a uma festa. Ficou-me na memoria a musica que se tocava em que a cerveja entrava docemente como que a comemorar o sol posto.

memorias...

A chegada despoleta a memoria das vivências. Ficaram por mostrar videos de outras cidades, as da segunda parte da viagem de interail. A que demonstrei gostar mais foi Veneza, a cidade dos enamorati em que se fica de imediato apaixonado, e Santa Lucia é o nome da estação que cai na cidade! e a primeira que aqui vai desta serie.

até chegar a Portugal...

Foram dois dias duros de roer e a confirmar que a primeira noite passada no coral train entre Nice e Bourdeaux era um doce comparado com a segunda noite no RENFE Irun Lisboa... O primeiro com cadeiras inclinadas e isoladas (em segunda classe) fez o meu comboio de eleição, principalmente à noite... e o segundo, com compartimentos com oito pessoas encostadas umas as outras, o pior comboio de toda a viagem... Fiz trinta e cinco viagens e nenhum tinha oito pessoas num compartimento(!), no máximo seis. O que valeu foi a simpatia à chegada e não me cobraram a viagem em Portugal de regresso a casa, um dado positivo associado à boa educaçao dos revisores portugueses, o que mostra que há capital humano importante neste país. Mas o que me deixou de recordação estes dois dias de maratona em comboios (Nice-Bourdeaux-Bayonne-Irun-Coimbra-Portugal)? Um excelente restaurante em Bayonne, restaurant bar st clerc (acho) com recomendação do guide routarde e agora com a minha grande recomendação: comida basca super deliciosa e que me vi lamber o molho no pao ate à ultima gota..., que o comboio Irun-Lisboa é marcado com a presença de muitos emigrantes que lhe dão um colorido especial e que o distingue de outros comboios, que não há cacifos nas estações o que limita o prazer de viajar nestas terras... Engraçado, os portugueses adoram dizer mal do seu país, que isto aqui é uma merda e que os governantes são uns gatunos e mais lamentações... em Itália gostam de falar de política á meneir que me faz lembrar a minha adolescencia, cheia de emotividade, que em França gostam de falar de comida e de férias... e que na Polónia a UE passa ao lado mas gostam de falar de moda e religião... e pronto, em casa, sem antes sem ter ido ver o mar para a surfada da resistencia... felizmente o mar esta calmo o que me vai permitir ir dormir e aproveitar, se acordar a surfada das sete...tem de ser..saudade é uma palavra bem portuguesa com o seu sentimento incluido...

Monaco

Estou a tres horas de partir para Bourdeaux, numa noite bem dormida num assento do comboio.... Ja me habituei a estas comodidades e acho aue vou achar este corail train uma primeira classe quando comparado com a noite que me espera na noite de amanha, no comboio Irun Coimbra... Passei o dia no monaco e nem me aqueceu nem me arrefeceu o animo... ensaduichado entre a montanha e o mar com tres baias cheias de yates gigantes e as estradas de carros sport, senti aquele mundo a correr ao meu lado... assim como a formula 1 do monaco que vai decorrer em breve, dia 23 creio e que nos aperta ainda mais aos edificios, ja que q a montagem da corrida rouba o pouco espaco a passagem adequada aos transeuntes pobres e sem porches ou Lamborghinis como e o meu caso... Percorri a cidade comecando pelo casino de monte carlo onde deixei apenas duas moedinhas da sorte... e dirigi me para a parte mais interessante da cidade; a parte velha onde fica o palacio do Rainer, uma baia mais pequena com mais uns iates de luxoe o oceanario de Jacques Cousteau. Paguei mais do aue esperava pelo almoco numa esplanada, mas a fome quiz tambem fazer a sua estravagancia... e... pronto...aqui estou preparado para a viagem seguinte ate BordeuX, ao menos o vinho rouge... q grande tentacao...

Cannes

Cannes prepara se para mais um, festival de cinema, o que significa grande confusao na cidade e menor interesse para a visitar... bem no fundo tambem nao ha assim grande coisa para ver... e como estar em Cascais e passear pela merginal... alias, toda esta costa da Riviera da me a sensacao de um passeio extenso entre o estoril e Cascais... os dias de sol convidam ja a praia e foi o que fiz durante toda a manha. Deixei Monte Carlo para amanha pois o meu plano de viagem teve de ser modificado, pois pela primeira vez desta viagem apanhei me sem lugar entre Nice e Toulouse e entre Irun e Coimbra... Juntou se a sexta feira com o 13 de maio em Portugal, e deu um 13 de azar para mim... assim, so poderei partir amanha a noite para Bordeus e depois so na noite de sabado para Portugal. Duas noites de comboio o que se vislumbra um aspecto mais a pedir cama do que uma ida ao enterro da gata... Nao hevera certamente peixe aviao que me mude a intencao... sera? So se a sorte me ajudar no casino de Monte Carlo e me faca ir de aviao para Portugal...:)

Entre Italia e Franca

Apesar de pouco mais de trezentois quilometros a viagem demorou quase 10 horas... Isso tudo porque apanhei comboios regionais que paravam em todas as estacoes. Deu para reflectir sobre a viagem que esta quase a terminar. Estive quatro dias em Italia e nunca utilizei o Ingles... Comecava com um poruitalianhol e respondiam me em italianohol... alias, para os italianos era espanhol... logo que mostrava o bilhete de identidade la comecava a comunicacao no italianhol para ambos os interlocutores... Mas nao acho os italianos simpaticos na sua generalidade... O que tem em beleza falta lhes em simpatia... ja tinha essa impressao quando estava a estudar e confirmei... Isto nao quer dizer que haja excepcoes ou se calhar e um estereotipo que criei, mas que o vou consolidando e uma realidade... Florenca decepcionou me apesar das estatuas e da ponte vechhi, mas julgo que a falta de comunicacao com as pessoas foi o que mais causou essa impressou, coisa totalmente diferente com o dialogo croata, mesmo do outro lado do adriatico...

e pronto... aqui estou em Nice, na cote d azur, na riviera francesa...no ambiente chique de nouveau... a lingua francesa da me a sensacao de estar quase em casa... Da Riviera italiana retive S Remo... nono leta... nonoleta... veio me a memoria... dos festivais de s remo... Amanha em ambiente in... vamos la a Monte Carlooo e Cannes...

Forenca e Pisa

Cheguei ontem as quatro da tarde a Florenca. Depois de uma despedida sentida de veneza, a aproximacao a Florenca nao foi muito entusiasmante. Os turistas a encherem uma cidade mais escura e de ruas mais largas nao me motivaram muito. Pousada as bagagens no hotel pensao ferreti, la parti a descoberta da cidade... A catedral deixou me de boca boquaberta, esse mesmo e o termo... grandiosa e o marmore branco e verde dao lhe um tom e uma presenca mesmo muito forte. Mas, mesmo o que mais me impressionou e me fez aderir a cidade que nao conhecia (antes so tinha estado em Roma e Milao) foi a praca Vechhio e as estatuas espalhadas pela praca. Foi uma das imagens mais lindas que retive e o por do sol davam lhe uma luminosidade fabulosa... Fiquei mais entusiasmado com a cidade... e deu me vontade de a percorrer o que o fiz pela noite fora, nao ate muito tarde pois a cidade nao e muito grande... Hoje desisti da galeria UFFIzi com muita pena mas estava cheia , cheissima de gente e tenho fobia ao deslumbramento no meio dos atropelos... preferi nao ir... e decidi apanhar o comboio para pisa... e nesta cidade, o que haveria de almocar? uma pisa num mercado bem italiano cheio de dialogos e de conversas que estou habituado a ouvir em filmes italianos...e la fui a descoberta da torre de pisa... passsei pela universidade que estava coberta de cartazes eleitorais por uma universidade sinistra... (para nos o termo nao funcionaria...)e ao dobrar a esquina de uma rua surge imponente a torre e a basilica... a torre e uma referencia desde a infania de todos nos... nao ha cartoon da dysnelandia que a nao tenha desenhado... mas impressionou me a sua inclinacao...

e pronto, amanha de partida para cote d azur, cannes e monaco a preparar o regresso a casa na sexta feira... com chegada no sabado.

Acordar em Veneza... com imagens de Viena

São sete da manhã e não consegui acordar a tempo de encontrar as ruas vazias... mal acordei abri as janelas e fiquei a namorar o grande canal, ainda sem barcos, sem movimento. A cidade ainda esta a acordar, os sinos das igrejas tocam aqui e ali.Acordar em veneza é um despertar de um sonho que nos embalou toda a noite... e ontem a noite dei mais uma volta pela cidade, de novo vazia às onze da noite A cidade com pouca luz e sem gente à noite torna-se menos facil e várias vezes fui cair em becos sem saida ou junto ao canal. As indicaçoes de al ferrovia são bastante úteis, senão estaria totalmente perdido num puzzle de becos, ruas estreitas e praças... mas estar um pouco perdido em veneza a meia noite tem aqui o seu charme, uma brincadeira à maneira do seculo xviii, perdido em e por veneza...

Entretanto mais umas fotos, agora de Viena uma cidade irmã de Veneza, uma e outra perduram me memoria e levam-me a outros seculos, quem sabe, numa outra minha vida não as percorri já dançando a retoque de um violino?

Milano terra chique

Em veneza as pessoas secam a roupa em estendais que vão de uma casa a outra. Parecem bandeiras multicolores de lençois, toalhas e cuecas. E uma paisagem bonita que lhe da alma. Mostra que Veneza não é dos turistas, apesar de serem estes a ocupar as ruas neste domingo de sol. Milão, em contraste dá um ar chique, as pessoas vestem-se bem e gostam de se produzir em roupas de marca.Duas cidades italianas com duas almas distintas, mas ambas bem italianas de espírito:

varsovia ... em veneza...

A janela do meu quarto do hotel dá para o grande canal. De vez em quando olho o canal e fico-me a deambular pelas minhas memorias. Desta vez foi possivel passar para o youtube outras fotos da minha passagem do interail. Aqui em Veneza, Varsovia surge-me longe. Mas ficou-me presente o gueto de Varsovia, aquelas ruas com tanta historia, infelizmente triste.... mas a tristeza e a nostalgia faz parte da nossa alma lusitana. Nós vivemos e gostamos de memórias.

enamorato de veneza

as sete da manha ainda nao havia muita gente nas ruas o que me proporcionou um passeio de encantar por esta cidade. Dizem que Vneza é para os enamorati, logo eu seria um alien a viajar sozinho, sem a foto romantica na gondola... mas a verdade é que às sete da manha com o sol a raiar nos edificios parecia me um sonho... poucas pessoas à volta fui percorrendo sem conhecer os cantos todos numa sofreguidao enorme. Estava enamorado da cidade... as nove da manha estava na praca de S Marcus, ja apinhada de gente e desvaneceu-se aquele enamoramento... era uma paixão, que bateu forte e desvaneceu se rapidamente... fugi dali e voltei aos recantos das ruas estreitas que ainda nao estavam com muita gente... a meio da manha toda a cidade estava apinhada de gente... procurei habituar-me... afinal nao sou o unico enamorato da cidade... e voltei a gostar de estar aqui, agora de uma forma diferente... cansado recolhi ao hotel e tranquilamente voltarei a esta cidade, as ruas, quer com muita ou pouca gente... mas, bem no fundo amanha acho que voltarei a ficar enamorato quando as seis da manha voltar a dar um passeio pela cidade que merece... é uma das minhas cidades...

zagrebe

O comboio (sempre o comboio em referencia...) chegou as 13 horas. O proximo quze vou apanhar sera as 23 35 para santa Lucia Veneza. O preco dos hoteis em veneza ultrapassam o meu orcamento e vou so ficar uma noite, a de domingo para segunda. Tenho me enganado a marcar as datas nos hoteis e ate fiz uma reserva para 2010... ando gaga certamente ou pelo menos com a mente demasiado descansada... tambem tive de modificar outra reserva pois indiquei um dia a seguir ao que devia... Em split foi tudo marcado a chegada do autocarro atraves das senhoras que apregoavam sobe sobe.. (nao subo...mas aluguei...). Sai de casa as sete da manha. Na padaria ao lado o cheiro de pao mexeu em meu estomago...comprei um daqueles paes deliciosos que deixam qualquer um bem disposto (aqui e o pao, a pisa e os gelados....) How much? a menina sorridente diz me dvanaest kun.. eu, how much is dvanaest (ou qualquer outro som que me pareceu)... is dvanaest.. queria conversa e nao saiamos dali... well, is ten? no twelve disse me ella a gozar com a minha situacao de total iletrado nesta lingua...

1 de Maio em Split

Destinei o dia de hoje para a praia e o completo relaxe. levei um livro e fui ao encontro de algum rochedo para me encostar. A meio da manha musica revolucvionaria pairava no ar. E o dia 1 de Maio e aqui tambem e comemorado. Dirigi me para o parque donde vinha a musica e vi me metido no meio de uma festa comunista carregada de chapeus vermelhos e cravos vermelhos. Estava num meio que me parecia familiar, os cravos e as pessoas de maos dadas e a dancar lembravam me outros primeiros de maio em Portugal... No ar estava a bandiera rossa, tocada por um grupo local e vi me a cantarolar a bandiera rossa... outros tempos se sobrepuseram a este... satisfeito, fui ao encontro novamente da paz e sossego num parque, com o mar em frente e as ilhas a entrecortarem a paisagem entre italia e as balcas... descansei o olhar. A companhia de barcos jadrolecija (nao sei se e assim mas e o nome que me recorda...) fazia a ligacao entre split e uma das ilhas. Apesar de estar tentado a apanhar o barco, o sossego em que me encontrava rodeado e cansado de tanto transporte deixaram me ficar em lassidao completa, observando os barcos e tirando uma ou outra foto. Entao a fome chamou me a atencao de que uma pisa se estava a tornar necessaria... Um dos bares da marina servou esse mesmo interesse. O empregado falava alguma coisa de portugues porque esteve dois anos em barcelona (mas aonde foi buscar o portugues?)e dissse me que era um adepto fervoroso do FCP. Nao sendo do FCP fiquei de lhe enviar material do Futebol clube do porto, afinal a unica equipa em Portugal que merece ser reconhecida internacionalmente...

entre split e sebernik

Com um dia de chuva, o que ja se tornou habito nesta terra decidi partir para Selenik. Apanhei o comboio das 10 e deveria mudar em Perkovic. E por la fiquei duas horas, perdido numa terra no meio da montanha ate conseguir a ligacao para Sibernik e regresso tres horas depois. Sibernik valeu a pena, tem igualmente uma cidade antiga com ruas estreitas e uma catedral feita de marmore. Mas e uma cidade feia, Sibernik, com uma parte, a cidade velha, que e muito linda, um grande contraste com o mediterraneo em frente atravesado por inumeras ilhas. Aproveitei a estadia em Perkovic para dar um passeio pelas aldeias, em estradas estreitas a caminhar para a montanha. As pessoas estranhavam me pois tenho mesmo ar de estrangeiro ao olhar para os seus rostos. Alias, tanto a lingua como o aspecto parecem me pessoas com ar mais eslavo que mediterraneo. Mas estou a gostar mesmo muito das pessoas daqui, directas e dao me confianca quando faco compras. Julgava que a croacia ja fazia parte da Uniao Europeia e so em conversa com um Croata ontem fui percebendo a minha ignorancia em que ja vou perdendo o conto aos paises que aderiram ou estao por aderir... A minha alimentacao aqui tem sido pisas de todos os feitios e sabores. Parece que os croatas aderiram a comida italiana, lasagnes, pastas e pizzas. Destes tres tipos prefiro de longe as pizas com uma boa cerveja local, cujo nome no consigo dizer nem escrever, e a um preco que nao chega aos 5 euros...e de aproveitar encher a barriguinha de pizzas...

De Dubrovnick a SPLIT

O dia acordou ensoleirado a contrariar a chuva forte da vespera. As dey da manha apanhava a carreira que liga Dubrovnik a Split. Encostada a estrada encontram se o enorme macico das balcas e a esquerda o mar azul forte do adriatico. Para alem uma imensidao de ilhas que de vez em quando deixa despontar tenuamente a costa italiana. A estrada desce abrupta para o mar ou sobe em direccao as balcas, numa paisagem surpreendente, onde a vegetacao rasteira deixa despontar as pedras brancas de um solo que julgo de calcario. Pelo menos parece se com a serra dos candeeiros em versao gigante.... A costa e muito recortada com baias onde o mar descansa numa areia branca sem grande ondulacao. Ou melhor, sem ondulacao parecendo mais um enorme lago azul... As casas vao ate ao mar descendo a encosta abruptamente. Tao perto do mar deixa adivinhar que nao ha temporal violento que ponha em risco as casas a meio metro do mar...

Agora estou em Split. Uma marina gigante a encorpar uma cidade antiga com muralhas, ruas estreitas e cheias de historia desde os tempos dos romanos... e a cidade ideal para pousar tres dias e viajar pelos arredores... Ja vi que perto fica a terra Salona (nao sodoma...), esta pelo menos conhecida em associacao com gomorra... Estou hospedado em mais um sobe de alguem, que o apregoava a chegada do autocarro, numa casa antiga encostada a cidade antiga. Tratam se de casas particulares e reparto a casa com os proprietarios. Sair e entrar na cidade velha de ruas estreitas e de cafes tipicos fica a menos de um minuto... o ideal para se saborear a cidade...

Em Dubrovnick em dia de temporal

Aqui estou no primeiro dia de inicio do meu regresso a caas. Foi uma longa viagem, de budapeste ate zagrebe, depois de tres horas de espera de zagrebe ate Split onde cheguei as sete da manha e depois mais um autocarro ate Dubrovnick, mais quatro horas e meia. Estava a e esta a chover a cantaros... discuti o sobber, isto e, o quarto, com uma pessoa que anunciava os quartos no terminal dos autocarros. Por accaso fica um pouco longe da cidade antiga... mas enfim... era barato cerca de 15 euros que mais poderia querer? e sai logo a descoberta desta cidade. O mar a volta torna logo apelativa esta cidade mas impressionou me ver muitos predios ainda com as marcas da guerra recente, perfurados pelas metralhadoras e alguns edigicios pareciam mesmo um queijo. Parei numa pizaria e abasteci me com uma excelente piza, cerveja kroata e o expresso claro....por acaso muito bom mesmo... e com muita chuva e todo encharcado parti a descoberta da cidade velha... uma fortaleza em cima do mar com uma cidade la dentro. Muito bonita mas todo molhado la ia tentando puxar da maquina fotografica...o guardachuva partiu-se mas tinha ainda capa para me proteger... os turistas mesmo assim estavam ao asssalto da cidade, na sua maioria franceses. Demorando tanto tempo a ca chegar como aparecem tantos? lembrei-me que a cidade tem aeroporto... O percurso entre Split e Dubrovnick muda de fronteira frequentemente, entre a croacia e a bosnia hergezovina.. resultado, tem de se mostrar o passaporte sei la quantas vezes e desta vez nao funciona o bilhete de identidade pois a Bosnia nao faz parte ainda da UE. Encontro me ainda na cidade velha, chove que se farta la fora...o regresso a casa sao mais uns tres quilometros... mas tenho o autocarro 6...nao me vou perder...vou dormir...o corpo pede sopas e descanso...

De partida de Budapeste...

A moeda aqui e semelhante ao do nosso escudo mas parece que a memoria se foi e tenho agora dificuldade na passagem da moeda para euros... A vida nao e cara e sobraram me cerca de 5ööö desta um, o que da para ai 2ö euros... a cidade esta em obras e torna se feiosa andar pelas ruas esburacadas para a passagem do comboio de superficie. As pessoas, ao contrario da polonia, nao me parecem simpaticas, tem ar sisudo e muita dificuldade em comunicar... ontzem perdi me a procura do hotel e estive mais d euma hora e meia as voltas pelas ruas... ninguem me ajudava... porque nao entendia o ingles e negavam se logo a tentar saber o que pretendia... se calhar pensavam que lhes ia tentar vender uma biblia... ou um programa religioso... la encontrei o hotel mas nao ia a tempo dos banhos turcos e tive de adiar para outra visita... entao, andei as voltas pela cidade, agora d emapa na mao e fiy quilometros e quilometros ate quase a meia noite... atravessei buda, o castelo e o palacio e fui para peste atravessando uma das muitas pontes que atravessam o Danubio...o dia lindo ajudava... pelo meio encontrei uma festa num clube, entrei e aproveitei para, enquanto bebia um copo, ouivir musica popular instrumental tocada por dois hungaros... o ambiente era intelectual, cada um de copo na mao... eu estava a mais, devia ser o unico estrangeiro... as pessoas sao pouco comunicativas ou se calhar sou eu... e regressei ao hotel, felizmente bem instalado por 35 euros, com grande tv screen frente a minha cama, deixei me adormecer...
Daqui a pouco parto para zagrebe, slit e so paro em Dubrovnick acho que amanha por volta das 13 horas... um dia em cheio para inciiar em Dubrovnick mesmo ao sul da croacia o meu regresso a casa...aos poucos...

Budapeste

Acabei de chegar a estacao de keliputo. Estive nesta cidade ha cerca de dez anos e fiquei com a sensacao que pouca coisa mudou. Esta cidade, tais como as cidades do leste europeu encontram se em obras, talvez em resultado dos fundos europeus, uma situacao que Portugal vivei na decada de noventa. Todavia, passeio me nesta cidade e fico com uma sensacao que pouco mudou. Ando a procura de hotel, aquoi e mais confuso procurar por nos proprios mas nao desisti e ando pelo centro ha procura de qualquer coisa que valha. Deixei a bagagem na estacao de comboios, assim e mais facil movimentar me. Quero deixar a reserva feita antes de partir a redescoberta desta cidade e do local dos banhos turcos em buda...