Viagem pelo Natal

Confesso que sou um bicho-careta com o Natal. Sinto-me geralmente em estado de maior apatia e a corrida ás compras ainda me deixa quase em estado de depressão... não sinto a magia do Natal nem as afectividades que se dizem criar... Mas curto os exageros alimentares desta época...sinto mais uma oportunidade do comércio melhorar os seus resultados, mas também a maior solidariedade desta época e, pelo menos algumas alegrias para quem mais esteja necessitado delas. Talvez esta seja a razão mais forte do Natal... um momento para pensarmos que há mais caminhos que o que nos leva a casa... que sermos melhores passa também por pensar nos que passam por nós e (quase) nem olhamos aos seus dramas. Uma viagem á solidariedade humana também é importante!

As viagens imaginam-se em periodo de crise

A partir de Janeiro o meu salário vai ter um corte significativo. Teixeira dos Santos diz que a descida veio para ficar, isto é, não será transitória... por outro lado, observo que a CGD não quer baixar os salários pois diz que isso enfraquece a sua competitividade (de recursos humanos) em relação aos bancos concorrentes... Mas, para Teixeira dos Santos o argumento não é válido para os funcionáriós públicos e afirma que a descida veio para ficar... e será única? o que é certo é que as viagens que tinha planeado vão esperar por momentos mais oportunos... mas viver em desequilíbrio (neste caso sem recursos suficientes) obriga-nos a criar alternativas... talvez por outro tipo de viagens... a falta de umas coisas aproxima-nos de outras, a procura de alternativas comprova que ser criativo, não ficar parado ou até mesmo sonhar faz-nos sentir que o mundo continua e dá-nos bem estar mesmo face às adversidades...

Viajar em festa enquanto se doura a pílula

Temos de ver o lado positivo da frase de teixeira dos santos, quando afirmou que o eduardo catroga dourava a pilula. Vivemos em crise há dez anos, no entanto, e só "por causa" (riso) dos mercados financeiros, caíu o carmo e a trindade... Da utopia de um crescimento que não existia, de uma propaganda de apelo ao mundo imaginário, caimos no discurso da coragem e do sacrifício...como se o discurso anterior não tivesse existido... Tivemos a dourar a pílula durante tantos anos,porque não continuar a dourá-la num ambiente saudável, de festa, onde os momentos de alegria tentam esquecer o discurso da coragem e do sacrifício? Há viagens que não se esquecem e, esta, também é uma delas... o dourar da pílula!

Viagem ao mundo estudantil

A sociedade gosta de marcar e diferenciar papeis. Neste caso, o do professor e o do aluno. O primeiro passa o tempo no seu gabinete, dá as aulas, participa em reuniões de trabalho e enche os corredores estreitos em passagem rápida para os seus locais fechados. O segundo grupo assiste a aulas, enche os pátios e cantos abertos da universidade, participa em praxes, onde também se sub-divide em duas classes e encontra-se com o primeiro grupo em salas afastadas dos gabinetes, como se de outro mundo se tratasse. Este olhar indiscreto sobre as praxes é uma curiosidade ao outro lado, um divertimento, uma viagem ao convívio e às memórias. Embora em papeis diferentes, as afectividades existem e estas viagens são um encontro ao que temos em comum, estar alegre e viver bem com a vida, o que significa também estar bem com nós próprios.

Sem os supertubos de peniche...

Está um dia de chuva intensa. Nos supertubos continua o campeonato internacional de surf. Para os prós! Eu contento-me com umas pequenas ondas que me dão prazer e fazem-me esquecer os momentos de stress quotidiano. Como a descida do meu salário... Mas hoje não dá mesmo, temporal lá fora, olho o mar com a inveja de o querer percorrer... então vi este meu vídeo destas férias e descansei nele, nos momentos de agosto em cima das ondas em mar por acaso bera. Mas que importa? em cima da prancha, bem ou mal libertamo-nos e vamos por ali fora. Hoje na praia, amanhã no reef... quem sabe?

Vida selvagem

Todos temos o nosso lado selvagem... o desejo de aventura, o pisar do risco... Submeter a nossa vida ao quotidiano precisa da compensação do cérebro... e surgem necessidades de libertação, de fuga, de contrariar o status quo, do combate á rotina. Libertadas as energias, as rotinas surgem até de uma forma mais natural... aceitam-se melhores os pseudos desafios impostos pelos capitalismos selvagens que inundam o nosso quotidiano... o capitalismo também tem esse lado selvagem, de não olhar a meios para atingir fins... um feeling predador, assim como o nosso lado wild ao observar os dragões de komodo... quando procuram comida... é preciso uma estratégia... um ataque... mas, mesmo assim, eu prefiro o lado soft da vida... mas saber encontra-lo é um desafio....

Uma semana apos a rentrée..

ja regressei há uma semana e confesso que entrei também em processo depressivo pos ferias... Não por causa do trabalho que iniciei com agrado mas por ter aterrado nestes "realities" mesquinhos que é o nosso quotidiano... deste modo, recordar as férias é ainda a almofada que se precisa para amolecer o chão duro que é a rentrée... onde deparamos com injustiças escondidas em prepotências... e em ineficiências escondidas em competição selvagem... Mas selvagem prefiro o lado da viagem a Rimca e os dragões, ao perigo do mar que se descobre quando o motor do barco para em mar alto a meio da noite... da barracuda que se pesca e se come cortadinha e refogada em molhos de gosto indonésio... das quatro da manhã acordadas com o ramadão em altos ruidos a anunciar a primeira reunião do dia (isto é da noite...) e por aí fora... até nos aquece a rentrée...

memorias de ferias

dizem que o regresso é stressante... mas, stressante mesmo é o que se deixou antes de entrar em férias e o regresso vem chamar a atenção que se tem de voltar ao mesmo... regressado à casinha tenho a sorte de ter o mar em condições... apesar das costas doridas já fui lá duas vezes matar saudades do mês de férias... com mais energia e vontade de prosseguir um ano... felizmente a minha profissão permite-me realizar coisas que gosto, como ensinar e não haverá burocracias e poderes que o sistema criou que impeçam o proseguimento de uma actividade que se gosta! por isso, as férias são boas, permitiram aproximações, emoções e afectividades... mas o regresso ao trabalho pode ser também interessante se tivermos capacidade de anular o que prejudica o estar bem com a sua profissão... Por isso não haverá talibans ou fundamentalistas que prejudiquem o que de melhor tem a nossa actividade, o nosso quotidiano fora de férias... e estas, ajudam-nos a combater esses talibans da profissão!

Tempos de espera

Sao sempre horas de impaciencia e de sensacao de tempo lento a passar. Sao duas e meia da ratde aqui en Bali e aguardamos o aviao la para as 22 e 40... logo hoje que o dia comecou bem cedo, as setes horas nas ultimas ondas... O mar estava sensacional como que a despedir se de nos... ja estava cheio de gente aquela hora mas havia espaco quanto baste para umas surfadas... e foram tantas que rebentei com as minhas costas... triste, tive de abandonar o mar e com dificuldade em me segurar direito! A velhice bate me a porta com estes malditos avisos... agora, sentado em frente ao conputador com as dores a intensificarem.se, torno me impanciente...casmurro e com vontade da partida... Ontem a noite fomos com o Rudy a Sminyak a um restaurante italiano para as despedidas da terra... Uma vontade de ficar se mistura com a vontade de saida... as ferias a acabar e o trabalho a (nao) apelar... Portugal na mente, vou procurando noticias... leio acidente na A25 com o atirar de culpas ao tempo... e sinto como as pessoas daqui sao bem mais calmas a conduzir e sem stress apesar dos apertos das ruas onde mal cabe un carro e tem pessoas com pranchas, motorizadas e carros de frente a obrigar a uma calma impressionante quando estao 30 graus a sombra... e verdade seja dita tudo funciona normalmente... la fora vou deixando de ouvir, Boss motorbike? massage? marijuana? girls? boys... e por ai fora...

Fim de ferias

De novo em Bali aproveitamos as ultimas de surf... quarta feira estamos mesmo de regresso a Portugal. A internet aproxima nos das origens e apesar da distancia nao consegui afastar me do meu quotidiano... Mas fica me agora a recordacao dos tres dias d mar e da aventura de um barco parado em mar alto.. O simao , so tu para me trazeres para estas coisas.... o calor torrido das Flores, a experiencia de uma homestay muito basica em labuanbajo, a montanha em ruteng e agora o masa inn parece nos um hotel de 5 estrelas.... Com alguns ataques virais nos intestinos temos a alma cheia de energia... e o surf ajuda... apesar da quantidade de gente...as vezes vejo me a lancar pragas as pessoas que se fazem as ondas... sao tantos... mas acho que e ja rabujice de velho...ou seja mau feitio... que depressa se dissipa no prazer de uma onda bem feita...

O mar a teu pes

Tres dias dentro de agua, se assim se pode dizer, entre Lombok e Flores. O coral continua perfeito na ilha de perama e animou a continuacao desta viagem entre as duas ilhas. O ambiente no barco era difernte do que ha cinco anos: mais velho, mais familias e demasiado cheio. A Indonesia deve estar na moda pela europa e sente se isso desde Bali ate aqui nas Flores. A primeira noite foi muito mal passada com 12 pessoas a dormirem num deck aprrtado umas sobre as outras. Uma das vezes acordei com alguem a empurrar me porque estava em cima dele, outra vez o contrario...O Simao decidiu os bancos e acho que dormiu uma hora... No dia seguinte mais uns snorkelings e uma longa viagem de barco entre dois lugares da enorme ilha de sumbawa. A noite, preparei o meu canto e adormeci d etao ansado que estava. No entanto, a meio da noite sou acordado com o bater das ondas no barco que nao mexia o motor... O simao, dizia me so mesmo tu para me trazeres para uma coisa destas... as pessoas alarmadas interrogavam se sobre o que iria acontecer... mas o meu sono ajudava me a tranquilizar do stress que a situacao estava aprovocar. Assim que comecou o motor a trabalhar de novo, virei me para o lado e adormeci. Todavia, no dia seguinte estavamos bem longe de komodo, no sul de sumbawa... Primeiras informacoes: dois barcos avariaram, as pssoas de um deles tinham de vir para o nosso que ja tinha o motor em condicoes... mais sete horas de barco e em vez de Komodo teriamos Rinka porque ficava mais perto. Para mim foi melhor que nao conhecia e a caminhada valeu a pena. Encontramos varios dragoes e outros animais selvagens...O dragao adormecia junto aos buracos onde costuma por os ovos... um deles olhou mais espevitado e dirigiu se a nos...o guarda do parque ameacou o afastou o... este o grande modmento do dia apos uma noite mal dormida... de seguida, mais animados a caminho delambuabajo! Chegamos tarde, as oito da noite com os hoteis cheios... Ficamos numa homestay com o quarto cheio de osgas o que era um bom indicio de haver menos mosquitos. O Simao estava impressionado com o lugar... mas nada como uma bo cerveja no gardena para animar o resto danoite.... e aquiestamos hoje, domingo, a descansar desta aventura de komodo e a preparar nos para partir amanha para Ruteng!

Ainda nas Gili islands

Depois de amanha partimos para uma nova aventura nas Komodo a terra do dragao. Mo sabado contamos chegar as flores, labuambajo, onde tambem estive ha 5 anos atras, depois, dali sera caminho novo para mim, Ruteng e bajawa... Mas aqui nas Gili continuamos no snorkeling durante o dia e cinema a noite... O local e idilico, junto ao mar, ao ar livre, deitados num sofa com um encosto para a cabeca. Ao lado o mar a ronronnar aos ouvidos e em frente o filme a passar...as vezes passo pelas brasas ou devaneio na brisa que regresca a noite... e com este tempo temperado, os mosquitos tem atacado menos... hoje o por do sol encomtrava se sobre o monte de conico de Bali e a cor sobre a cordilheira abrupta do Tinjani. e a cor putpura e vermelha no ceu realcava cada cume. Dizer lindo e pouco... de manha encontramos dois portugueses...ah por aqui sim...donde sao de leiria nos de braga...de praga? nao de braga... e por ai fora... dei me conta que tinha posto os calcoes virados dando um aspecto ridiculo, se calhar por isso desperei a atencao... ou teria sido a lingua estranha lusitana no meio do frances, ingles alemao e por ai fora?

Nas gili islands

O retorno a terra depois de cinco anos e o mundo esta as avessas... ha cinco anos respirava se tranquilidade agora esta carregada de gente.... mais estrangeiros que locais, com hoteis e clubes de diving a circundar a ilha deixando o interior para os locais. Os alojamentos de 100000 rupias passaram para 300000 e uma consequencia do excesso de procura... mas as gili ainda tem alguma atmosfera a noite, ja bem depois da meia noite quando metade do turismo foi para a cama deixando a possibilidade de tomar a ultima bitang em sossego... Mas ja demos a volta a ilha, mergulhamos a procura do peixe palhaco e desisti do diving pois o meu salario nao chega para tudo , por mais que tenha poupado durante o ano para estas ferias... Mas ha opcoes a fazer... utilidades a satisfazer e o snorkeling vai me contentando... resistirei? isso e o que penso num domingo mas ate quarta feira aqueles tubaroes do reef chamam por mim... ou eu chamo por eles... o dolar e a minha unica reticencia e importante na decisao... bem tentei dar a volta com o euromilhoes mas so me saiu um tres...

Quinze dias de ausencia

Amanha saimos para as Gili islands e vamos fazer uma pausa no surf. O clima de Bali esta diferente este ano. Mais parece o verao de um clima temperado que o calor torrido do equador... De manha as nuvens formam se a volta dos vulcoes e uma brisa proveniente do mar faz lembrar que estou a passar ferias nos Acores e nao na Indonesia... O mar tambem nao andou (nestes dois ultimos dias) a alturas de boas ondas...muito picado e dificil... as negras comecam a aparecer da pancada das pranchas e das quedas livres nas ondas... por isso as gili vao parecer um paraiso se o ceu estiver limpo... a seguir a volta de Komodo, depois as flores e o reegresso a Bali a 20 de Agosto. Por isso, quinze dias sem internete, com o mar sempre em cima e o cruzeiro do sul la no alto se as nuvens nao o encobrirem... Com o mar agitado receio um pouco a travessia do canal de lombok... se for como ha cinco anos, teremos uma hora de montanha russa com muitos enjoos e vomitos... a agua a entrar pela frente do barco e ir desaparecendo pelos lados... e assim me vou preparando para esta nova aventura...

Tempo de kuta e surf a chegar ao fim

Hoje fomos ver surfar no melhor spot de Bali, no templo de uluwatu. ja tinha visto varios videos mas nao directamente... as ondas sao altas, mais de tres metros e fortes.. a minha adrenalina nao vai tao longe e contento me com Kuta... mas muitos faziam quase fila para a onda seguinte... quase todos australianos que tem o ponto mais baixo de adrenalina que a maioria dos europeus... alguns ainda se aguentavam mal na prancha mas resistiam ao embate forte da onda e da queda dai resultante... e assim com esta memoria do surf em uluwatu vou fazendo a despedida por duas semanas do surf... no sabado partimos para as gili islands e lombok e novas aventuras nos esperam...mais calmas mas sempre com a adrenalina a subir quando encontramos algum tubarao... de reef ou seja os que tem mais ou menos um metro... mais do que isso a adrenalina faz esgotar de imediato o oxigenio e e experiencia que nao desejo... e tranquilamente o periodo de ferias vai passsando neste ambiente de surf e confusao.

jimbaran grilled land

Jimbaran e um amontoado de casas e de restaurantes situado entre o aeroporto e o monte onde esta o mosteiro de ulwatu.Ca em baixo, o mar bate em forca contra o rochedo e e considerado um dos melhores locais para os surfistas pro! Nao para mim que nao saio de Kuta... Mas ja encontrei por la portugueses a tentar as grandes ondas com corais em baixo a fazer o rebentar das ondas... No entanto, em Jimbaran as coisas sao mais calmas. Grelhados de peixe escolhido a dedo, de marisco bom e de ameijoas de chorar por mais enchemos todos a barriga ajudada por uma boa bintang... a churrascada e no areal com o mar a bater ao pe de nos... Comecou a chover. Aqui a chuva nao e meiga... chove torrencialmente num apice. Ficamos molhados e a correr nos abrigamos nos poucos abrigos existentes... parou de chover e voltamos as nossas mesas acabar aquela divinal refeicao de pedir e chorar por mais... depois das horas de surf, o corpo comeca a sofrer... realmente quando a cabeca nao tem juizo o corpo e que sofre nao e? Nos momentos de calma, com os pes doridos das entorses vou lendo mais um pouco do Caim do Saramago, depois deter ido o teu deseerto de Miguel Sousa Tavares... O livro e uma maravilhosa parodia a episodios biblicos e muito apropriado para o momento. Ontem, um taxista disse me que mudou da religiao Hindu para a Catolica pois esta saia lhe mais barata que aquela... a lei da procura e oferta tambem chegou as religioes...

O ambiente de kuta

Nao mudou, as poppies 1 e 2 enchem se de pessoas, de turistas , de vendedores das mesmissimas coisas de ha dois e de ha tres anos... cruzamo nos com carros, com motorizadas, encostamo nos as bermas aonde for possivel para passar um veiculo res vez nossa barriga... mas que importa? esta terra do surf so serve mesmo a surfistas... no entanto, esta cheia de outros turistas a procura de uma praia cheia do people do surf que se atropelam para a ultima onda... que felizmente sao muitas e vai dando para todos.... eu dou me conta que ja ando no meio dos pros mesmo nao o sendo... resmungo quando me passam a bola, ou seja a prancha... mas isso da resmunguice e a pratica dos kotas nao? ca mesmo junto ao rebentar das ondas juntam se os que querem tomar banho e levar certamente com uma pranchada... o banheiro bem se esforca a empurrar os surfistas para um lado e os que querem banhar se para outro... tem bandeiras a assinalar, apitos no ar, e vendedores atras a tentar vender umas setas inuteis, umas massagens na hora que parece ninguem agora querer, as pranchas de praia que sao caras e ha alternativas em kuta mais baratas, e de tudo o mais um pouco... este e o ambiente de kuta, a cidade do surf mas tambem de quem acha que esta e a sua praia ideal para molhar os pes... que desilusao para esses e que bom para os surfistas, embora sejam tantos que formam manchas na agua... mas hoje, sabado apetece sair, tomar uma bejola, mas estou so, o simao esta ferrado a dormir das praticas do dia... mas eu ka vou a bejola do dia e a musica ambiente e frenetica de um sabado a noite que e alegre em todo o lado... menos na terra da chatice... (o blog nao me deixou escrever a palavra que tinha antes...:))

Em Bali nas ondas...

Pois e... (aqui o teclado nao tem acentos) depois de uma viagem enorme na Qatar airlines (uma excelente companhia, a aerea entenda-se)), aqui estamos (agora com o Simao) de novo em Kuta, na confusao da cidade do surf... centenas de surfistas no mar...com a onda a dar... alugamos duas pranchas por dez dias e descalcos pelas ruelas sujas do transito e das cervejas partidas na vespera, la nos fizemos as ondas... duas horas de manha e duas horas de tarde... O Simao ficou a dormir, nao jantou e o kota aqui anda de novo na noite de kuta com uma bejola na mao a repor as energias gastas no mar... bom, nao anulo todas as energias pois a minha barriga cresce, proprio de quem atingiu a idade do juizo... mas como sempre a vida faz sem juizo (ou com ele moderado) foi e sera sempre o meu lema... tenho a sensacao de um regresso de Timor sem ter estado em Timor... aquela terra marca me a saudade mesmo aqui tao perto... perdi os galaxy ai em Portugal, recomendo que os vao ver, um regaee timorense por excelencia cheio de letras com muito significado.. Bom, sei que os ouvia em Dili de gin tonico na mao e passava me quase sempre para o alem das letras e fixava me na melodia regaee... vao e sintam bem o regaee... eu tambem nao estou mal...

quase, quase de ferias, de partida, de viagens...

Mais uns dias e estamos de férias, em viagem. O mês de Agosto é o mês de férias, há canções que são dedicadas pelo bem estar que porporciona... eu prefiro repartir as férias por outros periodos mas a profissão não me o permite. Então alinho no meu querido mês de Agosto. Este ano sem estar no Andanças 2010 mas conpensado com mais uma viagem ao surf em Bali, ao mergulho, nas Gili islands, na aventura em Komodo e no regresso às flores, aquela grande ilha que fica quase em frente a Timor e que tem tanta ligação à presença dos portugueses. Foi trocada pelo Oekusi noutros tempos e agora é uma marca de presença obrigatória quando se vaiaja pela Indonésia. E o regresso mesmo a tempo do Azurara beach party...

Continua a viagem pelos festivais:Mares vivas

O local dos mares vivas é um pequeno paraiso. O parque fica situado ao lado da foz do Douro e á medida que a musica nos enche a alma o cheiro da marezia invade o nosso nariz e o corpo. Uma combinação divinal com a lua em quarto crescente no horizonte. Ben Harper foi sensivel à marezia e dizer excelente é muito pouco, criou-nos momentos de grandes emoções, principalmente quando agarrava na guitarra e nos deixava partir ao encontro daquela lua em quarto crescente...A empatia com o publico foi imediata e deu-nos uma hora a mais para alem do concerto. Fui então buscar mais uma bjola que assentava bem com os sons que iam saindo da guitarra a solo e depois com a banda. Linda despedida dos mares vivas! A bateria da minha maquina apenas me deixou registar 20 segundos deste concerto... Uma falta que me chateou no momento mas que permitiu concentrar-me apenas na musica... tudo tem o seu equilibrio... No primeiro dia, Morcheeba ficou tambem envolvida naquela lua que lhe acenava em frente dela quando ondulava nas waves batidas no vestido garrafa vermelho que lhe realçava a graciosidade... Mas de slows motions ao rock batido e à electronica de choque dos editors estes tres dias puseram-me em sono compensador que só o surf me fez mexer...

E foi boa demais esta pequena viagem

Ao optimus alive... Por Pearl Jam concerteza! Foi o seu ultimo concerto com muita emoção. Eddie Vedder, que também fazem surf, que curte as ondas portuguesas encheu-me de emoção, embalado nas melodias e mais ainda no just breathe. Foram momentos de grande prazer mesmo, a sentir aquele calafrio pelo corpo com a melodia que tinha o refrão Portugal,Portugal. E com espirito festivaleiro alinhei no mosh violento dos
Dropkick muphys ao lado do meu filho e do seu grupo... e, ao som da "corneta" escocesa fiquei espalmado na multidão... entretanto fiquei a conhecer os Gomez, Gomez...mas depois com dois murros sofridos na barriga no meio de tanto mosh mal praticado! mas vinguei-me no final da noite, berrando ao lado dos homens da luta e o povo pá!e o regresso ao porto às cinco da manhã, cansado, dorido e feliz...

amanha uma viagem ao mundo de pearl jam

Espero ouvir estas....

Viagem ao MEMBF em final de ano

O final do ano lectivo é sempre comemorado com a alegria de término de uma tarefa ou de um ciclo. Na vida académica, principalmente no primeiro ciclo, o início e o fim são sempre bem comemorados... (e muitas vezes os intermédios)... mas, no segundo ciclo, onde muitos já se encontram a trabalhar o final tem um sabor especial. No início poucos se conhecem... no final a amizade consolidou-se! A boa disposição sobrepõe-se a algumas amarguras e, mesmo, algumas decepções.... A excelência é uma procura permanente e um esforço contínuo e não qualquer coisa já dada assim... isso é irreal e panacei que desvaloriza o conceito.... o esforço e a recompensa do esforço merecem ser bem comemorados. A felicidade advém destes pequenos momentos. São viagens ao esforço e às suas recompensas.

preparar férias

Cavaco diz-nos que devemos fazer férias em Portugal! que fazer férias lá fora são importações... Ao mesmo tempo Cavaco reconhece que somos uma pequena economia aberta... e vê vantagens disso... Ora, passar férias na Indonésia, retirando o custo da viagem, permite fazer férias mais baratas e com aventura consegue-se estar muito bem com custos bem mais baixos do que aqui... e daí estar em preparação para mais uma aventura pela Indonésia com o meu filho Simão. Pelo surf... pelo mergulho, pela aventura no barco da perama, em Bali, Lombok, Flores, a ilha que já foi portuguesa e trocada pelo enclave de oekusi... Os povos das ilhas diferenciam-se mais pela sua cultura com o mar e os vulcões em paisagem de fundo. Só espero que nenhum se lembre de acordar...

E a volta ao mundo com Elton John

Fui ao Rock in Rio por Elton John. Esperei longas horas deitado ao sol, levitando numa sesta alentejana rebuscando as minhas raízes, só incomodado com a presença de João Manzarras da Sic radical! Posso dormir ao seu lado? pode! E João pedro Pais veio cheio de energia , gritei por Leona quando se chegava perto de mim, e emocionei-me com o Your song the Elton John...pudera , aquela musica tinha sido a primeira musica que comprei quando me ofereceram um gira discos lá para os meus 15 anos de idade... foi um saltar da memória do meu sótão de recordações... e parti com os trovante pois queria permanecer mais um tempinho com o ..this is your song dentro de mim. Naveguei então pelos bares do Rock in rio, do pavilhão da sagres, ao licor beirão e deste á tenda electrónica... numa noite terminada no comboio de regresso a casa as tres e vinte da manhã e só acordei em Porto Campanhã... mas com o your song ainda a bater numa ressaca calma e muito tranquila...



e este o meu video sem o your song..que nem me lembrei de puxar a minha sony...:)

Uma viagem ao mundo de Leona

Tive a sorte e a persistência de me colocar cedo em frente ao palco principal do rock in rio no sábado passado. Foi uma viagem de sonho com Leona Lewis a cantar, a sorrir, a andar em frente aos meus olhos que devoraravam todo o cenário, milimetro a milimetro de cada canção! Há viagens que perduram na memória, esta está ainda recente, não chegou à memória vive ainda nos ouvidos e nos olhos e no grande prazer de estar a cinco metros de Leona Lewis. Vim por Elton John mas perdi-me no olhar de Leona...

Uma viagem à amizade

Foi uma linda viagem o último dia do enterro da gata. Não podia ser melhor para comemorar o meu aniversário! Geralmente este não costuma ser um dia de viagem na minha vida mas este ano a excepção funcionou e foi qualquer coisa de muito marcante que me trouxe momentos de grande afectividade. Os Xutos aqueceram o ambiente, O dia de S receber pois claro, Maria mais uma vez e meu amor para terminar nao podia ser melhor... muita gente, muita cerveja e muita amizade na barraquinha de economia! Foi uma viagem às afectividades , às amizades e á alegria... não poderia ter melhor prenda...:)até de manhã... e com 24 horas depois a dormir...:)

Uma viagem à revolução consumista

Os homes da luta estarão pelo enterro da gata a lembrar-nos momentos da revolução com sinais burgueses! e o povo pá! quer lamborginis a gastar 35 litros aos 100 e fazer 270 na autoestrada..e o povo pá! se o consumismo é a revolução dos anos 2000 então porque não gritar por estes valores? vivó consumo... o que não deixa de ser uma luta em momento de crise.... e o povo pá!

Xutos e Pontapés : uma viagem antiga e actual

os Xutos são a grande referência do rock em Portugal. O grupo já atravessou a minha juventude e continua a atravesar a actual com igual emoção. É uma viagem à memória mas que não se precisa dela para a sentir, vive-se em cada espectáculo deles. Agradeço aos Xutos a oportunidade de juntar gerações, no meu caso, de permitir vivências conjuntas com o meu filho, de identidades de feelings, de nos arrepiarmos de emoçao em gerações tão diferentes! Em momento de festas de estudantes, eles estão sempre presentes. No caso do enterro da gata, há muito que nos habituamos a que eles a fechem com aquela logo saudosa frase "Xau malta" como que a chamar a saudade mas também o desejo de nos ver para o ano a seguir. E o ano seguinte aí está de novo!

Uma viagem às queimas de fitas e às gatas a enterrar

O mês das festas universitárias aproxima-se. Estas festas vão aproximar os actuais alunos com os antigos, numa convivência que perdura enquanto o estatuto afectivo de estudante perdurar na memória de cada um... Para uns perde-se ao fim de um a dois anos mas para outros prolonga-se por muitos e muitos anos. Ou para sempre! Esse é o meu caso!Há uns quatro anos fui ao último jantar de colegas que passaram pela mesma escola universitária. A morte de um deles, o mais querido que percorreu aquele meu periodo e também mentor destas festas fizeram parar a sua continuação. Mas acredito que há-de ser retomado.
As queimas das fitas parecem ter menos sentido com a redução dos planos de estudos para três anos.Como se a parte afectiva da universidade ficasse também reduzida. No entanto, também acredito que o aumento da oferta educativa do segundo ciclo dê consistencia a este encontro das amizades e das memórias e que as façam perdurar por muitos e bons anos. Para mim é um grande momento de um reencontro com antigos alunos, de servir de ponto de contacto entre os novos e os que sairam. E retenho essa parte afectiva tão importante para o meu percurso profissional. É uma viagem às emoções e às alegrias!

Ha um ano no interail

O tempo passa tão depressa, mesmo! Há um ano de comboio durante um més, aqui pela cote d'azur... o tempo passa e fica-nos uma sensação de continuar e não parar. É bom que ele passe depressa, envelhecemos é certo, mas se com oportunidade de ser bem aproveitado é qualquer coisa que nos anima continuamente! Confesso que gostaria que o meu periodo seguinte fosse uma viagem permanente, aqui ainda neste mundo...:) assim, uma oportunidade que só o euromilhões me possibilitaria... mas de mochila ás costas, sem grandes despesas mas ainda as suficientes que não me permitem faze-lo agora... mas o envelhecimento tem destas coisas, com saúde vai-se vislumbrando as possibilidades desses dias chegarem... embora com a nuvem do PEC em cima de nós e impedindo cada vez mais de vivermos a velhice sem ser á lareira e a aquecer os pés... e à espera da viagem eterna... se esta realmente existir...

O passeio da tartaruga

Estava um dia lindo de Inverno ms as ondas não avançavam... Os doces de Natal, os pasteis de grão, as fatias douradas e por aí fora, faziam o seu efeito no corpo do adulto mais velho... Mas o mar também tem essa função, deitar calorias fora mesmo em passo de tartaruga... As focas são gordas mas ágeis, os humanos gordos são lentos... mexem-se como as tartarugas e têm a paciência destas... percorrem os oceanos numa calma que só a voracidade do tubarão lhe pôe cobro... mas, para isso, lá esta a carapaça dura dela na esperança de partir um dente ao tubarão... Entretanto, é bom, muito bom, estas pequenas viagens entre pai e filho, num encontro com a natureza e com o prazer de ambos pelo surf... mesmo em passo de tartaruga em ambiente de fado tropical!

Fim de semana bom de mar e surf

Apos este longo Inverno, os dias permitiram pegar na prancha e mergulhar neste Atlantico. Foi uma lavagem da alma, uma purificação do stress acumulado em reuniões, burocracias e coisas afins. Mas, nada melhor para o trabalho do que um bom momento de lazer! As ideias surgem, a vontade de prosseguir aumenta! Esse é um dos segredos do aumento da produtividade: uma alma feliz é o maior incentivo à vontade de trabalhar... Uma dessas verdades evidentes... e que até dá resultados!

O belo em Bonito

Com vontade de regressar ao Brasil e de mochila às costas, vou recordando o que de bom por lá passei. Já se passaram seis anos mas a memória está bem vivida. No aeroporto de S paulo numa loja perguntei sobre um produto de fotografia e a empregada me disse, fala português... mas é o que estou a falar, respondi eu... ah pensava que era Francês... a nossa lingua atravessa contiinentes e transforma-se em sotaques que parecem línguas estrangeiras... é a riqueza de uma língua falada por diversos povos, com diversas culturas e que adaptam a língua às suas necessidades...assim como nós o fazemos... se a nossa língua partiu daqui, ela não é propriedade de Portugal... mas com semelhanças ou diferenças, poder falá-la e, mesmo, ser confundido com uma lingua francófona, ela aproxima-nos do nosso interlocutor. E em Bonito diverti-me imenso a subir e a descer rios, a exprimir-me em português e a criar amizades nesta língua. Na terra de papagaios, o colorido impõe-se...e a voz domina... oi????

O centro do Mundo

Há muitos anos os chineses consideravam-se o centro do mundo. Quando os portugueses chegaram à China encontraram um mundo egocentrico que não precisava de ninguém... mas com astucia e fervor religioso...os jesuitas foram se introduzindo nesse mundo, passámos a vender-lhes armas e mais tarde opio... formamos feitorias em pequenos portos que depressa cresceram e fizemos guerras com os chineses como foi a do ópio... e nasceu Hong kong! e os chineses descobriram o mundo e espalharam-se pelos cinco continentes... trouxeram-nos ciencia, hábitos ancestrais e o comércio dos trezentos... chinesices como dizemos... frequentamos hoje um restaurante chines em qualquer parte do mundo a par do Macdonalds... hábitos ancestrais foram deitados abaixo com o comunismo mas aquele pais inventou os dois sistemas em co-habitação... e parece que vivem felizes assim... Quando a visitei ouvia propaganda nos jardins em altifalantes que repetiam palavras e palavras que me pareciam iguais... imaginava regulamentos do jardim...qualquer coisa como , é ferir a moral social cuspir para o chão. Os velhos faziam o seu tai chi chuan indiferentes a esse altifalante repetitivo... isolavam-se na harmonia dos seus gestos de levantar o braço e a perna e rodopiar... Dizem-me que Pequim e outras cidades estão diferentes hoje... que se ocidentalizaram ! mas acho que aquele grilo do ultimo rei ainda canta no seu cantinho...

Ha muitos anos

Portugal era ainda uma criança a viver os primeiros passos da democracia... Tinham apenas pasado cerca de cinco anos após a revolução de Abril e o pais vivia intensamente uma guerra surda entre o sul comunista e o norte conservador... Cada um olhava para o outro lado do pais como se de outro pais se tratasse... a miséria era igual de norte a sul... pouco havia mudado nas condições de vida dos portugueses, em termos politicos viviamos os primeiros governos constitucionais em que, apesar da legitimidade do voto, não conseguiam também sobreviver mais do que uns meses... Nesta convulsão de ideias potenciadas pelo meu fim da adolescencia fui cair num ano ao centro conservador da Sertã e no ano seguinte ao sul comunista de Portel... Vivi intensamente esses dois anos num amizade sem limites com as suas gentes. Num ouvia frequentemente, mais deixaria em liberdade uma formiga que um comunista e no outro, é preciso das caça aos reacças! Mas em ambos os mundos me diverti e gostei do que por lá fazia... ainda hoje recordo com muita saudade esses dois mundos.

Os caminhos de Portugal

Acho que este é um título de uma dessas canções que pululam as feiras de Portugal durante o Verão... mas pronto, surgiu-me quando me deu uma vontade de percorrer este país tão cheio de contradições. Amália dá-nos a nostalgia da saudade e essa saudade é transversal aos portugueses, aos indonésios ou australianos... Conjugam-se três nacionalidades nos caminhos deste Portugal. Foram três momentos próximos num Natal que é a época campeã dessa nostalgia... Gosta-se e detesta-se deste pedaço de terra, pequeno em comparação com as inúmeras ilhas da Indonésia ou a vastidão do continente australiano... os portugueses são morenos e loiros, olhos castanhos ou verdes, mas em todos temos o olhar dessa contradição á beira mar plantado por vários caminhos... de Portugal!...

Frio e quente

O Carnaval traz-nos calor mesmo com o frio que se faz sentir no hemisfério Norte. A alegria aquece-nos o coração mas muito mais a recordação. Nunca passei o carnaval no rio mas sei do calor de verão no Rio em pleno dezembro. O carnaval no Rio é um calor que ultrapassa o calor da nossa alma. O calor do carnaval no hemisferio norte não é tão intenso mas é alimentado com o calor que vem do Brasil. Não tentamos sambar por cá nesta época? O samba do pé ultrapassou há muito a fronteira brasileira e vai pintando de amarelo e verde a neve e o cinzento do outro lado do mundo. Frio e quente é o carnaval aqui em Portugal. Mas frio e quente é o melhor gelado para esta época do ano. E sabe bem sorve-lo suavemente num sorriso que não chega a ser o riso da alegria que os carnavais costumam fazer mas é ainda assim carnaval...

ULURU - o momento da tranquilidade

De vez em quando apetece-me repousar neste vídeo. O local é talvez demasiadamente turistico,mas um rochedo saído do nada da-nos uma calma de espírito incrivel.Não sei explicar apenas consigo sentir. Para os aborígenes trata-se de uma montanha sagrada que tratam com carinho e respeito. Para os ocidentais uma oportunidade de a escalar e sentir a brisa correr-nos na cara... dar-lhe uma volta completa sob o calor abrasador do interior australiano da-nos uma surpreendente tranquilidade necessária para suportar o regresso ao lar... Há um grito de liberdade também, muito sentido quando nos sentimos totalmente sós num deserto enorme à volta que a massa turística não conseque limpar... Aproveita-se o nascer do sol para a percorrer em momento de frescura, o meio da tarde para a sentir tórrida e o por do sol para a sonhar até ao despontar da lua cheia sobre o seu cume... Todos os momentos nos levam a Uluru mesmo a muitos milhares de quilómetros de distância... tempos a tempos estou lá e percorro de novo a memória dessa minha presença...à busca de uma tranquilidade.

A nuvem ardente

Toda a ilha de java fervilha num meio de dezenas de vulcões ou de actividades vulcânicas. Os arrozais estende-se no sopé de vulcões. A terra é produtiva e cheia de gente que procura ali a sua subsistencia. Entre o fervilhar de uma manifestação vinda de um fundo da terra ve-se e sente-se o poder da natureza. Habituamo-nos a controlar o medo. As pessoas que sentem na terra o momento de estar ou não em perigo, o turista que sente que a sua passagem ali é temporária e aproveita o desfrutar do que a natureza nos vai dando. No entanto, cada vez que passo o olhar pela acção da natureza, me faz lembrar os que não conseguiram fugir da sua fúria. A História da Indonédia está infelizmente cheia destas histórias, mas a riqueza da terra fá los adaptarem-se aquela forma de vida.

Recordar Brel olhando o mar do sul da australia

O primeiro mês do ano está quase a terminar e conto os meses para a proxima viagem: de novo a Indonésia pois claro! Precisava de uma pausa total e completa para viajar sem o sentimento de ter coisas para fazer. A licença sabática soube-me a muito pouco, tais as actividades em que estive envolvido. Não pude respirar e ter o sentimento de ter o tempo por minha conta. Foi apenas um ano sem aulas que foram preenchidas com as outras actividades da minha profissão... será esse o objectivo de uma sabática? Enfim, fiquei com o mesmo desejo de ter uma que me dê liberdade total de acção e não igual à anterior... Só mesmo com uma licença sem vencimento, mas dou-me conta que sobrevivo de um salário que não me permite poupar... neste deambular pela frustração, Brel e a recordação de uma costa linda vai fazendo sentido e devagarinho vai preenchendo este cantinho da minha memória... ne me quitte pas é uma canção cheia de angústia. O mar revoltado é atenuado com a suavidade da onda em surf... Na angústia encontra-se sempre um ponto de saída... Num pedido surge uma oportunidade... Numa luta..mesmo em derrota surge outra luz... é assim a vida...

Na Birmânia há muitos anos

Finalmente encontrei as fotos da minha viagem á Birmãnia. Num país que comecei a oferecer a minha t-shirt ao guarda de fronteira para me deixar passar as restantes tshirts, canetas e outros utensílios domesticos para trocar por artesanato daquele lindo pais. A chegada tive de adquirir uma caderneta onde seriiam registadas as minhas despesas, ou seja,um justificativo do dinheiro cambiado na fronteira. Viajar na Birmãnia é viajar ao passado. Um return to the past onde hábitos da colonização britânica ainda perduram principalmente nos aspectos burocráticos. Mas um por do sol Birmãnez éalgo que se não se consegue sentir em outra parte do mundo.Uma bola gigante e vermelha se põe para alem dos templos de pagan deixando uma atmosfera alaranjada de nos cortar a respiração. Um pais em ditadura é uma afronta para uma população simpática e gentil que vive o seu dia a dia ao lado dos militares que controlam até a respiração de cada um... num ambiente que precisa do papel e do carimbo em tudo para se poder circular...

Em azurara à procura de alargar horizontes...

Ha mes e meio que chove em portugal e o tempo cinzento favorece a depressão. Procuro nos arquivos o explendor deste mar que se encontra de cor de chumbo com a areia salpicada de poluição. No Verão não é assim, apesar das enchentes num areal cada vez mais curto... O melhor de azurara são as estações intermédias, onde o azul do céu e do mar contrasta com a areia menos poluída. São os melhores momentos para o surf, para o kite surf que observo da minha janela e para os passeios pela costa até ao Mindelo. Sinto pena que não seja assim todo o ano e que a poluição encha o areal após os primeiros vendavais de Outono! às vezes penso quando o areal ficará totalmente comido pela fúria das ondas e a minha casa não restar uma triste lembrança... são os momentos da depressão de inverno que depressa se afastam com o raiar do sol no mar, como um espelho mágico que me aponta para a sua beleza. São nesses momentos que saco do vinho verde e saboreio calmamente o ambiente do mar, da cidade ao longe e o suave barulho das gaivotas e das ondas a despejarem amor na praia...

Ano novo vida nova...

Todos os anos dizemos isso e chegamos ao fim e não lhe encontrámos diferenças significativas... Mas cada ano que passou trouxe-nos novas experiências e com efeito envelhecemos... nunca gostamos deste pormenor porque nos encurta a sensação do que falta mas se olharmos para traz, o ano que passou traduz a experiência vivida... Este ano conto regressar à Indonésia, ao surf naquelas ondas mágicas. A Indonésia traz-nos aventuras, aquele barco que nos leva a Komodo,o mergulho em aguas transparentes,os peixes tropicais e as cobras de água marinha... a subida às montanhas nas Flores... ah e as raias e os tubarões nestas aguas não são o melhor para mim que me faz bater o coração num momento de poupança de oxigénio... mas naquela imensidão de coisas para fazer, terminar o dia com o sol a por-se muito rapidamente sobre a linha do equador, com um vinho branco australiano e gélido na mão, à espera do cruzeiro do sul que irá aparecer após a noite se iniciar, ainda com o fundo claro da linha do horizonte...