Monday, December 31, 2007

viagens, viagens...um 2008 cheio delas

Estamos a uma horita do fim de 2007! Um passo pra os votos de novo ano, como se o anterior deixasse de interessar e ano novo vida nova! tudo bem! são intenções... às vezes contentamo-nos em ter boa saúde, outras vezes queremos bens mais materiais como a sorte no euromilhões... de vez em quando tendemos para a afectividade e desejamos um mundo melhor para todos! Eu navego no desejo da descoberta de mais umas regiões, de novo a Indonésia, talvez a Austrália, O Brasil e a Argentina... Africa, as ilhas do pacífico, porque não? enfim muitas viagens para 2008, surfar na onda da liberdade, respirar o anapurna e sentir o pulsar das gentes da terra do mar! Encontrar-me com aqueles que procuram do mar o estar permanente, meio peixe meio humano! Um dia seremos qualquer coisa humano.ave e voamos...

Friday, October 05, 2007

A canção tropical

O comentário da Patrícia trouxe-me Timor à memória. Sinto-me seduzido pelo calor tropical e pela simplicidade da vida na ilha! Foi assim há vinte e dois anos nos Açores e é assim quando me encontro naqueles dois meses mágicos a trabalhar na Universidade de Timor-lorosae. Certamente surgirão observações sobre o não tropicalismo dos Açores e ir-me-ão apontar o atlantismo dos Açores, assim como a asiatização de timor... Mas não, digo e afirmo que, quer na atitude quer na forma de vida há um calor tão contagiante nos açores como o que senti em Timor. Provavelmente é o efeito ilha e não o efeito tropical, talvez, não sei, mas sei que sinto uma sensação bem forte quando percorro qualquer caminho que me faça cruzar e interagir com uma população que vive num anti-stress contagiante!

Sunday, July 22, 2007

Encontros indesejados

Ontem recebi a minha carteira com todos os documentos e cartões, com excepção do dinheiro que lá estava...Assimilando uma sociedade do plástico, acho que valorizei mais o cartão recuperado que o dinheiro perdido... Mas pela minha cabeça surgem bem as imagens daquele roubo! Tudo porque o encontro dado pela menina para me fazer aproximar do outro que me roubava, criou uma situação inesperada. Eu pedi desculpa à rapariga, retendo-a com justificações e atrasando o processo de fuga! Senti o olhar dela para ele, o aproximar dele com poucos amigos e mais justificações minhas de desculpa, naquele momento, mais leve de carteira mas sem ter dado nada por essa leveza... Ele não entendeu porque retive a rapariga (afinal um acto de boa educação...), não me ouvia e veio em auxílio ... ou poderia ser ela a ter-me roubado com aquele ligeiro roçar pelo meu corpo que me fez pensar que tinha sido eu a empurrá-la e ele do outro lado a protege-la... não sei! mas um pedido de desculpas ao ladrão (ou "partenaire") deve ter quebrado mesmo os relacionamentos usuais que se criam com este tipo de encontros. E, agora, um chocar de imagens e de rostos que não me saem da cabeça!

Thursday, July 19, 2007

O Senhor Roubado e a teoria da conspiração

A confusão do aeroporto da Portela facilita o crime! A gare do oriente já não é a escola dos aprendizes do roubo mas dos profissionais que praticam o roubo. Tudo para justificar que me roubaram a carteira numa armadilha que põe a teoria da conspiração á prova. Apesar de não ter dado pela falta da carteira no momento do roubo, consigo reconstituir todos os passos que levaram ao "pick pocket". Um rapaz atravessa-se no caminho, que me faz ligeiramente empurrar uma rapariga que segue em frente e num segundo em que a distração ocorre com a preocupação de ter magoado a rapariga a mão (que não dei conta) deve-se ter instalado no bolso de minhas calças e uma leveza não vista e nem percebida deve ter ocorrido um segundo antes, um segundo depois... Uma história clássica de roubos da estação de caminhos de ferro, igual a muitas outras... a teoria da conspiração instalou-se em mim quando começo a ligar a atitude do taxista, momentos antes, a este jogo! Eu explico: o taxista no aeroporto (ao lado da fila habitual) convida-me a entrar, a conversa (também habitual) surge e sobre dinheiro de viagens para o Porto, o engano em deixar-me exactamente no local que pretendia, uma conversa a reter-me no exterior do taxi, como que a deixar-me ser reconhecido por alguem da rede e o dito acontecimento nos dois minutos seguintes... A conspiração perfeita!

As toiradas da terceira

O regresso á Terceira foi marcado por festas e copos, em ambiente de emigrante retornado ás terras que abracei em cinco anos passados nesta ilha de toiros e hortenses... As festas fazem parte da vida das populações dos açores, enraízada nas ilhas centrais e a correr nas veias do terceirense! Depois de um bom almoço em casa de campo de uns amigos, com o mar em baixo e a serra de Santa Bárbara em cima, nada melhor que uma toirada de rua na canada do capitão mor em S Mateus. Não sou apreciador de toiradas mas muito de festas . Uma toirada à moda da terceira é para mim um mal menor, uma brincadeira com o toiro, quase uma brincadeira de igual se não fosse o stress causado ao toiro pela situação ! As portas das casas encontram-se tapadas à eventual intromissão do toiro que ocorre de vez em quando quando o folego do animal lhe permite saltar por cima da parede do quintal... então, nessa altura é a debandada total e os gritos de susto dos assistentes... enquanto o toiro passa e não passa, é o momento ideal para as visitas de uns petiscarem os cozinhados preparados pelo visitado! Tudo em grande alegria com bejolas, vinhaça e vinho de cheiro a penetrar o sangue da coragem do reencontro com o próximo toiro... Começa-se a falar do quinto toiro, aquele que só existe na cabeça estonteada (pelo vinho de cheiro) levada ao rubro pela festa brava colorida de hortenses do sentimento terceirense...

Saturday, July 14, 2007

De S Roque às Velas

No barco do triangulo a viagem é curta, de meia hora. É como atravessar o rio tejo com S Jorge sempre diante ou o Pico sempre atrás. Chegados ao porto, abrigado pela encosta alta e íngrime das velas, corremos à procura da residencial do neto, mesmo em cima do cais. A janela do quarto em cima do cais e o som das ondas a bater puseram-me de imediato KO, embalado no som do bater da ondulaçao na pedra. Mas antes, saí logo á descoberta da terra, não obstante a hora bater a meia noite. Também aqui a noite de sexta feira é mesmo para sair e o divertimento existe em pequenos cafés e bares. Num deles "karaokeava-se" a canção do pó de arroz por putos não mais de vinte anos, ou seja, quando a canção foi tocada por Carlos Paião, ainda os pais deles não os imaginavam nas disco dance music dos anos oitenta... Embalado e acordado pelas mesmas vagas no cais, parti à descoberta do que a noite não me tinha dado a conhecer ontem nas ruas das velas. Deslumbrei, enseadas profundas e colinas bem altas e no regresso à Vila deparei com este clube de informática onde parei de imediato para escrever estas linhas...

Wednesday, July 11, 2007

De S Jorge ao Pico

O terranostra já nao existe e em sua substituiçao surge um rapido catamaran que nos coloca a duas horas de S Jorge! Uma velocidade que nao conhecia nos mares dos açores... A ilha surge-nos rapidamente, ainda o folego da terceira nao tinha desaparecido. As fajas desaparecidas no fundo da encosta levam-nos a pensar que a solidao pode ser uma bençao num mundo agitado pela confusao dos interesses internacionais. Certamente que a dimensao da vida é diferente da existente no Iraque ou mesmo em qualquer grande cidade! Subir as fajas ate à Calheta requere uma viagem de horas que transforma S Jorge numa ilha de dimensoes superiores à do Continente, quiça mesmo da peninsula ibérica! Calheta pendurada na encosta ingrime e no cais embeleza-se no casario de telhados lavados que mostra uma construçao neste canto da ilha! Entao as velas, essa cresceu num casario a subir a encosta e num ambiente de mar junto da marina! Mas o que me encantou e continua a encantar é aquele Pico que se vai descobrindo com a passagem pelo canal em direcçao a S Roque. A pensao montanha em por do sol, assume uma beleza especial e enquadrada num silencio que nos puxa à contemplaçao. Entao,decidimo -nos pelos vinte quilometros a pé que ns separa da Madalena! So ha dois transporte diarios e a ilha leva-nos a sermos n´s a construir as nossa spróprias alternativas. Desta vez a pé! Aliás, passeio levava-me a passar pelas vinhas e por uma zona que me foi querida ha muitos anos, quando tomei notícia que iria ser pai em terra açoreana.

As ilhas centrais: no centro nao há virtudes mas paixoes

Faz hoje uma semana que me encontro a reencontrar estas ilhas do Atlantico. Fiquei extasiado com a terceira, com a cidade rejuvenescida de Angra e a alegria sentida de um povo que sofreu bastante com o sismo de 1980. Eu cheguei à Terceira em Agosto de 1981 no meio de uma cidade em ruinas, que ainda assim permanecia um ano em sete meses após o sismo. A cidade encontrava-se adormecida na tristeza de uma paisagem destruidora e que fez reclher nas casas ainda existentes as famílias que outrora se alegravam nas ruas de Angra. Essa alegria, senti agora nas ruas, nas esplanadas de uma cidade linda e renascida na alegria que sempre teve e que nunca esqueceu nas toiradas que se prolongavam pela primavera e verao. No cais das pipas senti o prazer de tomar uma cerveja numa das esplanadas viradas para o cais encostado ao monte Brasil. Havia agora uma praia cheia de alegria a ligar ao casario encostado nas ruas que circundam o monte. Percorri as ruas que vao ter a praça velha e subi a rua do galo admirando todo aquele casario de uma cidade que mostra que é e sempre foi uma das princesas do atlantico. E, entao, contente e cheio do calor humano dos terceirenses e dos amigos que por mim passaram, voltei me para o Pico e Faial, donde estou a relembrar estes belos momentos da minha estadia de há vinte e dois anos...

Tuesday, July 03, 2007

Retorno aos açores

Aproveitando o congresso da APDR na terceira, parto amanhã ao re-encontro de uma ilha que deixei (e com muitas saudades) há vinte e dois anos! São precisos estes encontros com a vida e com o passado que marcamos o tempo que corre por nós! Sempre bem depressa, Por isso tenho saudades dos tempos em que o tempo era lento e os dias demoravam a passar... nunca mais tinha os dezoitos anos da minha independência... vieram os dezoito e num salto saltam outros trinta e por eles passaram os quatro maravilhosos anos passados na terceira e nas outras ilhas, o primeiro emprego após o ISE e o deslumbramento pela minha independência e aventura! Para lá ficaram o enamoramento, o casamento, o primeiro filho e a partida para Macau, mas sempre guardada a amizade, a intensidade das relações nas ilhas em que temos todo o tempo do mundo na nossa mão...sem stress mas com muita intensidade! e amanhã vou ao reencontro dessa saudade!

Monday, April 30, 2007

9º dia na Turquia: o regresso

O seminário " portuguese features: an experience of Portugal in the UE" correu muito bem e a participação de alunos e professores foi grande. Há vontades, desilusões e apreensões com a integração da Turquia na UE e sentiram-se todos estes aspectos contraditórios nas discussões. Aproveitei os quadros do INE dos trinta anos de portugal apos o 25 de Abril para mostrar os aspectos mais relevantes da evolução social e económica de Portugal. O almoço com os colegas, a tentar o monti, um género de goulash com massa e yogurte e o regresso a casa. É uma da manhã, estou cansado mas com a Turquia ainda na minha cabeça... Felizmente que me convidaram a regressar...

Sunday, April 29, 2007

8º dia na Turquia - Bergama

O 169 enganou-me desta vez e deixou-me num terminal junto ao porto e sem vivalma... apercebi-me logo que dali não iria chegar rapido à estação de Izotas, o grande terminal de autocarros que fica a 12 km do centro de Izmir e que faz a ligação de Izmir a todos os cantos da Turquia. Saí dali à procura de solução, meio apreensivo e aproveitei um taxi que passou por ali. Depressa percebeu que era estrangeiro e num ingles monossilábico percebi que m estava a combinar um preço para Bergama.Disse que não, queria mesmo Izota garaji... Portuguese pouco money... ele entendeu...e começou a rir... like portuguese...com sorte cheguei a tempo de apanhar a camoineta das 9,30 que chegou a Bergama (Pergamum na epoca romana) duas horas depois. O interesse estava na Acrópole e avistando-a bem em frente e no cimo de um monte, para lá me dirigi... meti-me na parte velha da cidade, atravessei a ponte sobre um rio pequeno e por meio de ruelas cada vez mais estreitas apercebi-me que não conseguia chegar lá tão depressa como queria... pedi ajuda a umas crianças que brincavam por ali, hello, estavam a aprender ingles na escola e levaram-me por meio do casario e campo à estrada que me levaria à Acropole... lá em cima o cenário era mesmo espectacular... O templo em cima e construções romanas por baixo. Desci as escadas ingremes do teatro e percorri a estrada romana... fui descendendo, e esqueci-me que deveria fazer uma nova subida para regressar a estrada... o folego era muito não obstante o dedo ferido... Mas estava satisfeito com o passeio e no regresso relaxei numa boa e fresca cerveja EFE. Depois...o regresseo a Izmir e à Universidade..

Saturday, April 28, 2007

7º dia na Turquia : CESME

A agua de colonia nas maos já entrou no meu hábito diário. Antes do pide, após o pide bem mastigado e saboreado, na carreira que nos leva a qualquer lado, como esta para CESME. O odor de agua de colonia tipo lavanda encheu a carreira. O meu amigo do lado pediu dose dupla, esfregou a cara e olhou para mim com ar de que agora sim estava bem cheiroso. Mas cesme desiludiu-me, nao obstante o azul marinho do mar a bater na praia ilica... A ilha grega de chios impoe-se em toda a baia e em Ilica. As ruas de Cesme, encostadas à fortaleza genovesa tem a sua graça. A animaçao dos cafés e das esplanadas e as ruas a lembrarem um pouco o ambiente grego tambem me fez despertar o gosto... mas não foi suficiente.. a construção rápida a dominar a praia, a desorganização urbanistica em Ilica lembram me o pior da zona algarvia... depois uma bolha no pé fizeram me apressar o meu regresso a IZMIR... e com duvidas para amanha para Berana, a cidade da acropole...esta-me atravessada se não for...

Friday, April 27, 2007

6º dia na Turquia-na universitasi economics

Hoje foi dia de trabalho não saí da universidade. No entanto, andei a informar-me sobre qual o melhor sítio à volta de Izmir. Parece que as opiniões convergem para Cesme que fica a 85 km de Izmir. Trata-se uma cidade portuária com praias de mar azul, cafés e muita vida nocturna. Acabaram de me informar que tem zonas de surf... claro que fiquei logo mais do que atento ao estilo de vida em Cesme. A ilha grega de chios fica em frente e a 40 minutos de ferry. Com mais dois dias de Turquia, começam agora a surgir uma multiplicidade de hipóteses de visita. Talvez Bergamo, uma cidade histórica que fica a 100 km daqui... Mas o que gosto mesmo é de partir sem conhecer a língua e ir ao encontro deste povo bastante amigável. Ontem, quando regressava de Ephesus varias pessoas tentavam comunicar comigo no comboio... pena não conhecer a lingua, apenas algumas palavras que ouvi por aqui...Erika que é um fruto verde tipo tomate pequeno, sokak que é rua, bir que é um, evet e hayir que é sim e não...

Thursday, April 26, 2007

5º dia de Turquia -em epheseus

Por meio de gestos lá consegui dar a entender ao motorista da carreira para Kusadaci que queria mesmo era sair em efe de epheseus! Logo a sair da carreira comecei a ver ruinas de porticos e o entusiasmo a crescer... andei uns quinhentos metros e um parque cheio de autocarros dava a entender que o lugar devia estar cheio de turistas! Não me enganei e fiquei decepcionado pois não se ajustava ao ambiente de saida da camioneta na estrada que dava para epheseus... Na verdade, eu devia ser o unico que não estava ali em viagem organizada... O teatro impressionou-me. Um palco para 25 000 espectadores. Coloquei-me no palco para sentir a sensaçao de representar para um publico tão vasto... que voz deveria colocar? deveria gritar? S paulo falou ali aos efiseus, com que voz? estava eu nessas reflexões quando o telemovel ligou... atendi... olhe peço desculpa de estraar a interromper e se podia falar... dizia-me uma voz...sim.. disse agastado... aqui é da moviflor...podemos entregar a sua mesa? estava atónito ao telefone e quiz experimentar ali se a voz conseguia mesmo ser ouvida nos lugares mais afastados... Mas continuei o meu passeio pela via romana..

4º dia na Turquia -2

O jantar esteve animado! Comida mediderrânea inclui muita salada e a de ontem com muito peixe! As esplanadas enchem-se e a brisa do mar convida ao convívio. O aniz que acompanhou o jantar fez os seus estragos... Eu cortei com muita água...mas refrescar garganta em aniz... foi uma experiencia... Mas eu alinho bem nestas experiencias gastronómicas e a que mais tenho pedido é pide. Todos os dias como um pide numa das refeiçoes... as vezes mesmo em duas... Pide é um pao tostado no forno barrado com carne e acompanhado com muita salada. Uma delícia... e comer pide é algo muito agradável para festejar um 25 de Abril... tanto mais que se dizia que os comunas comiam criancinhas.. eu como Pide... e esta é bem verdade!

Wednesday, April 25, 2007

4º dia na Turquia

Hoje comemora-se o 33º aniversário do 25 de Abril de 1974. Talvez por estar longe, a data está em mim mais presente que em outras ocasiões. Há dois dias assisti aqui às comemorações do dia da Turquia. Havia bandeiras vermelhas por todo o lado com a esfíngie de Atarturk, o líder da época. Reparo que o bigode marca bem o seu rosto. Todos os turcos homens, da geração mais velha, usam identico bigode, talvez como se projectasse neles a admiração pelo seu líder. Nunca fui de grandes homenagens a líderes políticos. Talvez por isso, admire a revolução dos cravos que não enche imagens de líderes, não obstante a vinda dos mesmos após a revolução. Talvez a cara mais marcante da revolução de Abril seja a de Salgueiro Maia, e, interessante, como um militar pode representar tanto numa poesia de libertação! Mas é verdade, a existir algum rosto será a de Salgueiro Maia a comandar uma serie de chaimites que atravesava Lisboa em obediencia aos sinais de transito, coisa que os portugueses cumprem tão pouco nos nossos dias...
Hoje fui convidado para um jantar turco e vou aproveitar para conversar sobre a revolução de Abril e que tanto nos marcou e ajudou a conduzir para a Europa onde estamos inseridos.

Tuesday, April 24, 2007

3º dia de Turquia

Após os feriados turcos, eis-me de encontro à universidade e ao programa que me propus. Ainda não falei da universidade e estou hospedado nela... As instalações são fabulosas e vim a saber que era um antigo hotel de 5 estrelas em 2000 e que foi transformado em universidade. Esta universidade pertence à camâra de comércio de Izmir e sente-se o elitismo da mesma.Os estudantes pertencem à classe média alta e metade vêm de outras províncias da Turquia. O ensino é ministrado em Inglês e segue o modelo de ensino das universidades americanas. Durante os feriados não encontrei ninguem e por isso nem me apercebi que aqui era fácil tirar todas as minhas dúvidas... Neste momento encontro-me num dos bares da universidade, ligado à internet e sem problemas de comunicação. Almocei com alguns profs do departamento que me informaram sobre o programa que me destinaram...concordo com o programa, tanto nas aulas que vou dar, como nos jantares e programa social e cultural... Aproveito os momentos livres para ver os exames que trouxe... Estou a acabar de corrigir os do 2º ano e encho-me de folego para começar os do 1º ano! Acho que com motivação tudo se consegue pois todo o tempo é bem aproveitado... até para escrever estas linhas... E depois sinto à volta a eficiência de uma universidade privada de qualidade,longe da história da independente em Lisboa...

2º dia de Turquia

De novo em Izmir ... Logo de manhã cedo apanhei o 169. Já me sentia à vontade com a cidade e dirigi-me logo ao Bazar com a intenção de conhecer a Agora, uma relíquia dos tempos gregos e, depois romanos. Esta é a região que aprendemos quando estudámos a Grécia e o desejo era mesmo de me encontrar com esses momentos da história que tanto gostei! Claro que me perdi, só que já não estava com o stress da véspera. Saí do Bazar e encontrei o caminho para a Agora. Fiquei desiludido, pois os vestígios são poucos. No entanto, entre as colunas e os arcos fui encontrando um pouco a fantasia da época! Saí da Agora, depois de umas fotos a aproveitar as sombras das colunas no meio dia que batia forte em minha cabeça, decidi-me pelo velho castelo da mouraria... Só que os caminhos são mais ingrimes, as ruelas aindas mais fechadas e estreitas que na mouraria... fui avançando com as criançada a brincar à bola nas ruas ou a lançar papagaios feitos de sacos plásticos. Tirei a primeira foto ao casario e a criançada apercebeu-se de um estrangeiro em sítios nunca antes passados... pediram-me que os fotografasse e claro que lhes fiz a vontade... continuei a subir por meios de ruelas ainda mais estreitas que as anteriores... depois a escadaria e olhei para as mulheres que sentadas nas varandas conversavam sobre algo que não compreendia mas sentia no ambiente e na memória da minha infancia. Finalmente cheguei ao castelo que me parecia mouro tal como o de S Jorge em Lisboa...

1º dia de Turquia

A principal dificuldade que tive foi a de me comunicar na net,pois a password de entrada não era reconhecida.... Já habituado em outras viagens, descobri logo um ciber café.. Ninguém fala outra língua sem ser a Turca,por isso tive de desenvolver a linguagem gestual...mas não consegui desenvencilhar-me do computador não reconhecer a minha password... Decidi partir à aventura e conhecer Izmir por mim mesmo. Sem comunicação, não me apercebi que tinha um programa cultural combinado com a universidade desde a minha vinda. Apenas um parentesis para sublinhar como esta universidade me parece excelente, depois explicarei as razões. Mas o primeiro dia em Izmir foi o de reconhecimento. Estava com fome e procurei um café no bairro à volta. Entrei no primeiro e depressa me apercebi que tinha mesmo de usar a linguagem gestual. Por isso não consegui mais do que um chá e um bolo. Entrei no supermercado e fiz as primeiras compras. Regressado a casa comecei a ver os exames do 2º ano. No entanto, a vontade de sair era muita e decidi visitar Izmir. Lá consegui saber que o autocarro para o centro era o 169 e daí foi fácil chegar ao centro da cidade. Uma baía enorme e estreita que mais parecia um rio, flanqueada por montes e montanhas atrás. À primeira vista tive uma sensação de estar em Lisboa, não obstante as diferenças... talvez o mar a lembrar o rio, talvez o casario a encher os montes, a lembrar alfama... A vontade de desbravar a cidade levou-me a perder-me pelos bairros que levam ao castelo...

Friday, April 20, 2007

vespera da partida

Deixei Braga bem cedo para, em Vila do Conde,poder arregaçar a manga na onda do set. Mas o mar estava com onda pequena e sem força, talvez como que a querer preparar-me para o mar calmo do mediterrâneo. Sempre a mesma coisa antes de uma partida, nunca sei o que levar... encho a mala, depois como fica muito pesada começo a tirar coisas, depois como vou de metro até ao aeroporto, reduzo ainda mais o peso... então ,pronto, dou-me conta que devo levar exactamente o que preciso... Ir à Turquia parece-me uma compensação por não ir a Timor este ano. Razões familiares fizeram-me adiar esta viagem... mas, confesso, cada vez que ouço falar na partida para Timor, é como se me atravessasse uma lança de inveja... Mas que importa agora? gostei da Turquia na primeira vez que lá fui, e esta ida é como repor esses momentos agradaveis...

Tuesday, April 17, 2007

Turquia aproxima-se

Há muito que não saio daqui! O que vale são os bons momentos de surf em azurara. Com tantas raízes na terra, o mar é a minha paixão. Desde sempre para mim... Mas,mesmo o mar já não é suficiente. Sufoco no meu dia a dia, sinto-me como quando saí da minha anterior profissão.Por isso, esta viagem é o oxigénio que necessito... Preparei as aulas que vou por lá dar e comecei a interessar-me por tudo o que vou lá fazer. Mais um diário de viagem se aproxima e isso revitaliza-me...