Friday, December 22, 2006

A Caminho da Covilhã

A IP, agora denomonada A23, é a autoestrada das montanhas de Portugal. Pouco depois do cruzamento da A1 com a A23 surge a serra do caramulo à direita no meio do arvoredo e de bosques. Curva e contracurva, subida e descidas numa autoestrada que requer cuidados e atenções a paisagem vai ficando cada vez mais agreste. A seguir ao cruzamento de Viseu Sul começa a surgir a Estrela e nomes de terras a lembrar a montanha. A volta, o Rio Mondego pequenino corre para a cidade que marca as férias da minha infancia! Trancoso e Celorico da Beira traz-me agora a memória uma terra que me disseram ser a terra da minha avó paterna. Sempre a vi em Coimbra e nunca a minha infancia a imaginou uma senhora das Beiras. Mas foi! saiu para Coimbra para fazer ali a sua vida há (já) quase cem anos... Chego a Guarda, a terra que imaginava num cimo de uma montanha coberta de neve...não é a cidade mais alta de Portugal? Constato que fica num monte semelhante ao de Évora com o planalto (a peneplanície alentejana) em redor e a montanha a enquadrá-la...apetece mesmo percorrer a Guarda, a cidade velha, as ruas e casas xistosas. Mas o destino é mesmo a Covilhã! Continuo de novo pela autoestrada com Belmonte, manteigas e nomes a de montanha. Covilhã surge colada à serra e remete-nos para voos mais altos e visita à torre. Mas não, deveres profissionais prenderam-se à Covilhã. A tese de doutoramento foi bem defendida e o ritual de trajes e de muitas questões. À saída, um piscar de olhos para o Fundão que me lembrou logo os tempos de aulas na Sertã... tanto tempo passou... mas tudo como se fosse ontem... estou um velhadas mesmo! ainda bem!