Friday, July 27, 2012

é a crise..

Passado para o lado de espanha, com a cidade de vérin á vista, procurei a bomba de gasolina que me ia dar o precioso líquido a 1,43 euros em vez dos 1,72 pagos dois dias antes em Portugal... Em trinta litros guardava 9 euros, tanto quanto o estado portugues mete ao bolso para consolidar o seu cadeirão da despesa de uma máquina apodrecida pela corrupção. Sim, estou com D Januário Tougal e no seu grito de revolta! satisfeito o propósito, segui pelo caminho de santiago e depois a via do taméga por montes e vales verdes nesta galiza de tons verdes e amenos. Mas o que eu desejava agora era o reencontro com a serra,com o geres que me ficava á esquerda da janela... pitões das júnias surgia lá longe! Parei em Xeres de Lima para um prato de galamares fritos regados com limão e de cerveja, para continuar em direcção á fronteira. E cheguei ao Lindoso à procura de camping! Encontrei um mesmo à beira do rio com a montanha em frente. Depressa me dei conta que era o unico campista naquele parque. O dono, dizia-me que era o efeito da crise! Es la crise, aqui também... Tenda posta,parti ao passeio á volta do rio. Água apetitosa convidava ao mergulho. Mas só molhei os pés. Entretanto, começava a trovejar. Decido regressar mesmo a tempo de apanhar a primeira grande chuvada de verão... tenda inundada fiquei desollado. Mas a noite era ainda uma criança... deitei-me num ambiente meio humido e desagradável mas suficientemente cansado para ultrapassar o desconforto. Mas de madrugada a trovoada deu lugar a fortes relâmpagos e acordei no meio de uma iluminação frenética contra a montanha... Não sabia se haveria de sair da tenda ou permanecer nela... mas queria que depressa amanhecesse... mais um trovão!despertei de vez. Sozinho naquele parque de campismo, até as sombras das árvores me pareciam suspeitas quando iluminadas pela trovovoada e batidas pelo vento. Encolhi-me no colchão e adormeci com o som cada vez mais longínquo da trovoada... e decidamente quiz regressar á minha doce casinha...

Thursday, July 26, 2012

Chaves sem presunto

Esta é a segunda vez da minha vida que passo pela cidade de Chaves. A primeira foi há cerca de 10 anos numa viagem com o meu filho simão, que começou em Braga e fomos até Barcelona, sem destino, apenas a ensaiar um recomeço de vida pós divórcio... Assentámos no parque de campismo nos arredores de chaves, tal como desta vez. Não sei se era o mesmo, este na quinta do rebentão o outro se calhar também... a memória não faz nenhuma associação...Conhecemos a cidade de noite pelo que apenas retive na altura a ponte romana. Desta vez, percorri os recantos do centro, as esplanadas junto ao rio e o liceu, entre o dia abrasador e a noite ao estilo de caldo espanhol, quente e a convidar a apanhar a aragem. Gostei daquela pronúncia do norte nortenho carregado de chx ao modo da galiza e que deixa os js muitos suavizados das gentes das beiras...Numa cidade bem alegre, vive-se mais de encontro à galiza do que a Portugal...compra-se gasolina em espanha e vive-se o dia a dia na cidade. O ar estava cheio de vozes e de sons franceses, assim como todas as aldeias desta região..è a vinda dos familiares emigrantes e parecem ser mais do que os que ficaram tal o ar aferancesado que é dado á cidade. E ainda bem! Sem emigrantes, Chaves seria apenas dos velhos que ficaram. Sente-se uma alegria no ar entre as compras de fruta e as fotografias aos presuntos de chaves... Somos todos turistas naquela terra, também romanos quando passamos pela ponte e defensores de Portugal quando caminhamos pela fortaleza...e alegres como os galegos pela noite fora...

Sunday, July 22, 2012

Ferias 2012 em Portugal

Felizmente estámo-nos a aproximar das férias. Sem subsídio fica a imaginação para otimizar umas ferias sem cheta...Em portugal concerteza, mas essa é a parte mais agradavel, poder ainda sair de casa, arejar, e reencontrar este país. Os incendios estão a ser uma péssima noticia para quem gosta da natureza e se vê todos os anos confrontado com este problema. Este ano de austeridade parece mostrar que um mal nunca vem só. Mas vai ser campismo sem destino, encontro com a natureza, passeios muitos a pé e surfadas de vez em quando. Pelo menos levo a prancha para o que der e vier...