Uma viagem a Minas Gerais

O frio aproxima-se de portugal...É o início do inverno com chuva, vento forte e ondas que impedem a minha actividade favorita: viajar nas ondas... Olho o mar da janela de minha casa e vou mais longe, desço o olhar para sudoeste e estou no Brasil... Faz já seis anos que andei por lá, exactamente nesta altura do ano... O início do Verão, com alguma chuva mas cheio de calor... quer do clima quer do calor que só os brasileiros e o povo mineiro em particular nos sabem transmitir. Reaprendi a rir ao gosto brasileiro, a rir-me das anedotas sobre os portugueses com D. João VI a figurar no anedotário da região... aprendi a reagir a uma boa piada lançando outra de igual para igual... aprendi a sentir que a alegria e a boa disposição é o caminho para a resolução dos nossos problemas... Voltei a Portugal com o ensinamento e esse astral em cima...e com muita vontade de regressar.... e está na altura... para recuperar esse astral de novo...

Uma viagem aos anos da revolução

Fez ontem 35 anos sobre o 25 de Novembro de 1975. Para uns, o início da liberdade em Portugal e para outros o fim do sonho de Abril. Procuro na memória os momentos registados nesse dia, Durão Clemente a falar na televsão com sinal cortado no meio do discurso, uns paraquedistas a chorar e tristes pela sua entrega a outros militares e um Eanes frio e de óculos tipo Réban a surgir na penumbra ,fazendo lembrar um Pinochet caído em Portugal! Felizmente só o rosto era semelhante ... Mas os anos setenta são marcados com o calor revolucionário, com a emoção dos acontecimentos,com o rock pesado a marcar o grito da liberdade de expressão. Os retornados de Angola e de Moçambique deram alegria a um povo que ainda vivia tristonho apesar da revolução e da pobreza em que vivia. Foram anos difíceis para eles que também souberam dar a volta com o sorriso das canções tropicais que deram um rumo mais quente ao nosso quotidiano! É a década de Zeca Afonso e de Ary dos Santos mas também dos Pink Floyd! A década em que a música e os poemas tinham sentido juntos. Tinham força! e apetecia ouvir e sentir.

XV FUMP uma viagem ao Folklore do Minho

Pois, mais um FUMP se passou, desta vez no grande teatro circo. As três da tarde percorremos o centro da cidade de Braga anunciando o espectáculo que se iniciou praticamente na hora certa, as 9 e 45 minutos. A sala esta razoavelmente cheia não obstante o jogo de Portugal Bosnia à mesma hora. O golo de Portugal perto das 21 horas animou-nos para o início do espectáculo... O grupo infantil da Fulbenkian inicou o espectáculo e muitíssimo bem. A nós, grupo folclórico da Universidade do Minho coube-nos a quarta entrada. O teatro circo é deslumbrante e deixou-nos igualmente animados para a actuação. Os fios que percorriam o palco foi um entrave que causou alguns problemas mas que depressa foram ultrapassados... o público muito animado com a sua música,na verdade este é o coração do Minho nas Chulas, Viras , Malhões e Valsas cheias de fulgor, não fosse o Minho uma fonte de energia e de alegria para Portugal...

Uma viagem ao Festival Universitário de Musica Popular FUMP

Sim, hoje é mais um dia de festival FUMP. Ocorre uma vez por ano, mais ou menos por estas alturas. Este ano coincide com o 25º aniversário do Grupo de Musica Popular da Universidade do Minho. Também este ano vai ser o primeiro no (quase novo) teatro Circo após remodelação. Uma viagem ao nosso folclore, às nossas raízes musicais, ao que se adaptou das músicas de origem é uma viagem ao Portugal que temos dentro de nós. Eu não nasci no Minho e por isso sinto outra música dentro de mim, mas depressa adoptei estas chulas e estes malhões que se encostaram ao canto das saias do redondo e aos cantares profundamente arrastados da musica da planície alentejana... Os estilos são totalmente diferentes como diferentes são os alentejanos dos minhotos, mas há uma alegria em ambas, a puxarem para uma grande participação de todos.

Uma viagem ao Nepal e há tanto tempo...

O nepal é um país de referência para quem adora viajar... Tem de tudo, história, cultura, entre a milenar e a quase recente trazida pelo movimento hippie dos anos sessenta do século passado e uns passeios pelas montanhas de cortar a respiração. Nunca mais voltei desde o Natal de 1987 e veio-me a recordação da beleza das montanhas, dos restaurantes à luz da vela com musica de procolharum, George Harrison , Rolling stones... do arroz comido com as mãos, de exibições junto aos crematórios onde um homem mostra o peso do seu pénis com uma pedra atada aos testículos e ao dito, dos encontros ao fim do dia nos hoteis com tecto aberto para as estrelas e porta solta... as botas a guardar debaixo da almofada pois era um bem que atraia ladrões... das fogueiras de principio de noite e da subida pela montanha... um país para quem gosta de aventura e de surpresas...

Uma viagem com tudo ao Monte

tudo ao Monte foi um grupo constituido ha alguns anos para percorrer as serras de Portugal e de Espanha. lanche preparado, alegria muita e sempre um fim de semana bem passado entre os montes e o calor de uma lareira á noite, entre as tendas preparadas no melhor sítio da serra... nem sempre, às vezes aproveitando os dormitórios das pousadas da juventude para esta gente cujos filhos dão vigor e nome à juventude que vai permanecendo... Como tudo na vida, o tudo ao monte também desapareceu... fica a recordação desses bons tempos de amizade . Uma viagem as serras de Portugal é uma viagem às memórias desse grupo.

uma viagem ao sul da china...

Ena, já há tantos anos... as recordações sobrepõem-se às imagens do nosso dia a dia, como que um aconchego de um bom momento vivido. Felizmente tive muitos assim, que vão alimentando as minhas recordações... como esta imagem em véspera de Tian-a-men, onde ainda se respirava nestas pequenas aldeias agrícolas á beira de um grande lago. As massagens chinesas deixavam os nossos corpos bem doridos mas a alma limpa... e o encontro de duas culturas provoca a curiosodade de ambas as partes... em crianças até é mais fácil, um estender da mão é compreendido em todo o lado... Entre os adultos o diálogo era mais complicado, mas o meu mandarim aprendido em Macau com uma excelente professora de xangai serviu para alguma coisa... é tão bom viajar...

Uma viagem ao nascimento de um elefante

Ontem enviaram-me este filme sobre o nascimento e os primeiros momentos de vida de um elefante. O esforço da mãe para pôr o elefante bébé a respirar é dramático e lindo ao mesmo tempo. Nascer comporta um risco de sobrevivência, pessoas e animais percebem e interiorizam este momento... e daí a grande importãncia de o festejarmos todos os anos até que outro drama nos leve...