entre split e sebernik

Com um dia de chuva, o que ja se tornou habito nesta terra decidi partir para Selenik. Apanhei o comboio das 10 e deveria mudar em Perkovic. E por la fiquei duas horas, perdido numa terra no meio da montanha ate conseguir a ligacao para Sibernik e regresso tres horas depois. Sibernik valeu a pena, tem igualmente uma cidade antiga com ruas estreitas e uma catedral feita de marmore. Mas e uma cidade feia, Sibernik, com uma parte, a cidade velha, que e muito linda, um grande contraste com o mediterraneo em frente atravesado por inumeras ilhas. Aproveitei a estadia em Perkovic para dar um passeio pelas aldeias, em estradas estreitas a caminhar para a montanha. As pessoas estranhavam me pois tenho mesmo ar de estrangeiro ao olhar para os seus rostos. Alias, tanto a lingua como o aspecto parecem me pessoas com ar mais eslavo que mediterraneo. Mas estou a gostar mesmo muito das pessoas daqui, directas e dao me confianca quando faco compras. Julgava que a croacia ja fazia parte da Uniao Europeia e so em conversa com um Croata ontem fui percebendo a minha ignorancia em que ja vou perdendo o conto aos paises que aderiram ou estao por aderir... A minha alimentacao aqui tem sido pisas de todos os feitios e sabores. Parece que os croatas aderiram a comida italiana, lasagnes, pastas e pizzas. Destes tres tipos prefiro de longe as pizas com uma boa cerveja local, cujo nome no consigo dizer nem escrever, e a um preco que nao chega aos 5 euros...e de aproveitar encher a barriguinha de pizzas...

De Dubrovnick a SPLIT

O dia acordou ensoleirado a contrariar a chuva forte da vespera. As dey da manha apanhava a carreira que liga Dubrovnik a Split. Encostada a estrada encontram se o enorme macico das balcas e a esquerda o mar azul forte do adriatico. Para alem uma imensidao de ilhas que de vez em quando deixa despontar tenuamente a costa italiana. A estrada desce abrupta para o mar ou sobe em direccao as balcas, numa paisagem surpreendente, onde a vegetacao rasteira deixa despontar as pedras brancas de um solo que julgo de calcario. Pelo menos parece se com a serra dos candeeiros em versao gigante.... A costa e muito recortada com baias onde o mar descansa numa areia branca sem grande ondulacao. Ou melhor, sem ondulacao parecendo mais um enorme lago azul... As casas vao ate ao mar descendo a encosta abruptamente. Tao perto do mar deixa adivinhar que nao ha temporal violento que ponha em risco as casas a meio metro do mar...

Agora estou em Split. Uma marina gigante a encorpar uma cidade antiga com muralhas, ruas estreitas e cheias de historia desde os tempos dos romanos... e a cidade ideal para pousar tres dias e viajar pelos arredores... Ja vi que perto fica a terra Salona (nao sodoma...), esta pelo menos conhecida em associacao com gomorra... Estou hospedado em mais um sobe de alguem, que o apregoava a chegada do autocarro, numa casa antiga encostada a cidade antiga. Tratam se de casas particulares e reparto a casa com os proprietarios. Sair e entrar na cidade velha de ruas estreitas e de cafes tipicos fica a menos de um minuto... o ideal para se saborear a cidade...

Em Dubrovnick em dia de temporal

Aqui estou no primeiro dia de inicio do meu regresso a caas. Foi uma longa viagem, de budapeste ate zagrebe, depois de tres horas de espera de zagrebe ate Split onde cheguei as sete da manha e depois mais um autocarro ate Dubrovnick, mais quatro horas e meia. Estava a e esta a chover a cantaros... discuti o sobber, isto e, o quarto, com uma pessoa que anunciava os quartos no terminal dos autocarros. Por accaso fica um pouco longe da cidade antiga... mas enfim... era barato cerca de 15 euros que mais poderia querer? e sai logo a descoberta desta cidade. O mar a volta torna logo apelativa esta cidade mas impressionou me ver muitos predios ainda com as marcas da guerra recente, perfurados pelas metralhadoras e alguns edigicios pareciam mesmo um queijo. Parei numa pizaria e abasteci me com uma excelente piza, cerveja kroata e o expresso claro....por acaso muito bom mesmo... e com muita chuva e todo encharcado parti a descoberta da cidade velha... uma fortaleza em cima do mar com uma cidade la dentro. Muito bonita mas todo molhado la ia tentando puxar da maquina fotografica...o guardachuva partiu-se mas tinha ainda capa para me proteger... os turistas mesmo assim estavam ao asssalto da cidade, na sua maioria franceses. Demorando tanto tempo a ca chegar como aparecem tantos? lembrei-me que a cidade tem aeroporto... O percurso entre Split e Dubrovnick muda de fronteira frequentemente, entre a croacia e a bosnia hergezovina.. resultado, tem de se mostrar o passaporte sei la quantas vezes e desta vez nao funciona o bilhete de identidade pois a Bosnia nao faz parte ainda da UE. Encontro me ainda na cidade velha, chove que se farta la fora...o regresso a casa sao mais uns tres quilometros... mas tenho o autocarro 6...nao me vou perder...vou dormir...o corpo pede sopas e descanso...

De partida de Budapeste...

A moeda aqui e semelhante ao do nosso escudo mas parece que a memoria se foi e tenho agora dificuldade na passagem da moeda para euros... A vida nao e cara e sobraram me cerca de 5ööö desta um, o que da para ai 2ö euros... a cidade esta em obras e torna se feiosa andar pelas ruas esburacadas para a passagem do comboio de superficie. As pessoas, ao contrario da polonia, nao me parecem simpaticas, tem ar sisudo e muita dificuldade em comunicar... ontzem perdi me a procura do hotel e estive mais d euma hora e meia as voltas pelas ruas... ninguem me ajudava... porque nao entendia o ingles e negavam se logo a tentar saber o que pretendia... se calhar pensavam que lhes ia tentar vender uma biblia... ou um programa religioso... la encontrei o hotel mas nao ia a tempo dos banhos turcos e tive de adiar para outra visita... entao, andei as voltas pela cidade, agora d emapa na mao e fiy quilometros e quilometros ate quase a meia noite... atravessei buda, o castelo e o palacio e fui para peste atravessando uma das muitas pontes que atravessam o Danubio...o dia lindo ajudava... pelo meio encontrei uma festa num clube, entrei e aproveitei para, enquanto bebia um copo, ouivir musica popular instrumental tocada por dois hungaros... o ambiente era intelectual, cada um de copo na mao... eu estava a mais, devia ser o unico estrangeiro... as pessoas sao pouco comunicativas ou se calhar sou eu... e regressei ao hotel, felizmente bem instalado por 35 euros, com grande tv screen frente a minha cama, deixei me adormecer...
Daqui a pouco parto para zagrebe, slit e so paro em Dubrovnick acho que amanha por volta das 13 horas... um dia em cheio para inciiar em Dubrovnick mesmo ao sul da croacia o meu regresso a casa...aos poucos...

Budapeste

Acabei de chegar a estacao de keliputo. Estive nesta cidade ha cerca de dez anos e fiquei com a sensacao que pouca coisa mudou. Esta cidade, tais como as cidades do leste europeu encontram se em obras, talvez em resultado dos fundos europeus, uma situacao que Portugal vivei na decada de noventa. Todavia, passeio me nesta cidade e fico com uma sensacao que pouco mudou. Ando a procura de hotel, aquoi e mais confuso procurar por nos proprios mas nao desisti e ando pelo centro ha procura de qualquer coisa que valha. Deixei a bagagem na estacao de comboios, assim e mais facil movimentar me. Quero deixar a reserva feita antes de partir a redescoberta desta cidade e do local dos banhos turcos em buda...

O 25 de Abril em Viena

Que dia bem passado!Coincidencia com o nosso 25 de Abril, este fim de semana decorre um festival de musica em Viena. Concertos gratuitos por varias pracas da cidade em sessões contínuas e em simultãneo com muita cerveja e bradwester, a salsicha alemã... bebi cerveja, acho que demais mas a música era boa, para alem da clássica com orquestras sinfóniccas ao rock, fiquei mais tempo na praça dos pequenos grupos intimistas, de música hungara, flamenco, tirolesa e por aí fora... um bom ambiente para a cerveja e rodopiar ao som dos violinos, das violas e dos saxofones... as ruas em ambiente de pequenos espectáculos como em Barcelona aquiecviam o ambiente... fiquei a gostar desta cidade, que seria uma escolhida se tivesse esse poder... parei com o som de musica gospel que gosto muito... o padre discursava contra os centros comerciais e lojas do consumismo e da perdição...amen... no fim já me via de braços esticados a repetir o refrão: push back the shopping mall push back... don't make love with the mike mouse... amen..
e pronto...amanha de partida de manhã para Budapeste, cidade que conheço e gosto.. de Buda, do ambiente de rua e das saunas... bora lá...

Viena

É a primeira vez que estou em Viena. Por isso e uma boa terra para tomar em atenção as primeiras impressões... E a primeira que tive foi que me era familiar com paris. talvez por causa dos palácios e o seu ambiente a volta. À medida que vou percorrendo as ruas á volta do palacio, da catedral e de outros monumentos vou percepcionando que apenas no envolucro as parecenças existem... são duas cidades bemn distintas principalmente na sua alma... no seu interior mais profundo, na multiplicidade de gentes que a habitam em Paris e menos visivel aqui. Os jardins dos palácios encontravam-se cheios de gente nova, daquela que gosta dos fatos pretos e da provocação... cada um de nos já passou por esta fase da vida com um vestuario ou outro... o meu mais colorido em vestes de provocação revolucionária... o palácio impressionou-me.. mas cansado da noite anterior sem grande dormida, retirei-me para o melhor hotel que encontrei até agora...e por aqui me encontro... a preparar-me para o segundo dia de Viena, com mais energia para percorrer todo o recanto da cidade antiga (aqui à maneira do ancienne regime, soa-me melhor a cidade antiga do que a cidade velha...). E, pronto, aqui vou..

Bratislava ao raiar da aurora

Depois de uma noite pouco dormida mais devidas as interrupções do sono provocadas pelos revisores do que pelo local... chega-se a Bratislava. Essa dos reviores é meso antipática, passamos por tres paises, polónia, pais checo e eslováquia, logo, três vezes o sono foi interrompido para mostrar os malditos bilhetes. Acendem as luzes e numa voz á tropa com volume aumentado em sensação nos meus ouvidos lá tenho de entregar o bilhete... Hoje acho que resmunguei... mas como não devem ter entendido só me repetiam o bilhete e pronto... Tomei um café e parti as seis da manhã à descoberta de uma cidade que não me pareceu simpática à primeira vista... A imagem da cidade foi melhorando com a aproximação do danúbio e da parte antiga da cidade, talvez porque os primeiros raios de sol e o silencio que ainda perdurava nas ruas davam-lhe algum encanto. Com o avançar da manhã a cidade enchia-se de turistas de grupo que devem ter bratislava, budapeste e viana no itinerário... a cidade perdeu a graça pois ela já não tinha muito... e regressei a estação para tomar o primeiro comboio para Viana. E aqui estou, num quarto de hotel que escolhi ao acaso na internet e surpreendemente um dos melhhores onde fiquei... um luxo que não vou certamente repetir... e muito menos em Viana onde tudo e memso caro, ate o simples bilhete de electrico... Com vontade de descobrir a cidade mas tambem confortavel neste quarto de sexto andar... hesito em o descanso e a descoberta... acho que vou mesmo é conhecer a cama agora...

Na Estação de warsawa centralna

Sao oito e meia da noite e daqui a meia hora parto para Bratislava. Mais uma noite no comboio em sintonia com um espirito de interailer... bom, é mesmo por razões económicas... La apresentei a aula na universidade, os alunos gostaram do tema sobre os instrumentos de microcredito e de microfinança e sua contribuição para o desenvolvimento regional. Fui beber uma cervejola de novo na cidade antiga e numa esplanada, fui gastar os ultimos zlots em dois livros sobre tematica da ii guerra mundial e, pronto para continuar viagem sem stress, espero, e com mais histórias que vou fotografando e filmando. A de varsóvia pus-lhe uma musica austera embora não seja esse o espírito actual, mas foi esse espírito pesado que senti sempre que por aqui me passeei. e.... cá vou eu...o comboio vai a subir a serra...(dos pauliteiros de miranda)

E barcelona...voila

E Barcelona... a cidade preferida para se viajar com divertimento garantido. As ruas da cidade velha, o ambiente, os grupos musicais, cantores, pintores, mimetistas tudo num colorido que o porto abre e que as ruas estreitas lhe dão o ar mais ou menos comedido... não totalmente pois a alegria domina em todos os cantos da cidade...pelo menos é a sensação que me deixa...

Imagens de passagem....Praga

O regresso a Praga há tres dias atrás, reviver os palácios, as catedrais e as igrejas, num ambiente de grandeza mas sinistra... salta-me à vista o dracula, embora este não seja deste país...:) e as bonecas russas carnivoras...

Ultimo dia em varsovia

Acabei de fazer a reserva do lugar para Bratislava. Amanhã as nove da noite com chegada ás seis da manhã. Assim poupo um dia de hotel e dispenso as planícies sem fim deste pais... apesar de muito verdes não são como as do meu alentejo... e muito menos com as do alentejo nesta altura do ano... Desisti de cracovia e do campo de concentração... vi num livro de viagens as paisagens da croácia e a minha vontade voltou-se logo para esse pais... Tambem penso nas saunas em Budapeste que fica no caminho... Por aqui continua-se em sol aberto com um vento polar que parece que estamos num dia de sol de janeiro em Portugal... as vezes faz calor ao sol mas bastante frio com a sombra...e o resultado foi a mimha primeira constipação... e amanhã vou então dar a aula , que mais parece um ritual que uma oportunidade... mas enfim, ja me vou habituando as baldas destes programas, que mais parecem para responder a um principio politico do que a um objectivo válido. E e pena! continuei o meu passeio pelo bairro novo que outrora era o gueto de varsóvia... agora parques verdes e prédios altos em arquitectura moderna. Todavia, o passado triste assalta me frequentemente a cabeça. Imagino aquelas avenidas pejadas de gente a morrer de fome, sem condições dignas de vida em contraste com o que se passava no exterior dele! São sensações fortes mas tristes.

Entretanto surfing no rio

Em Munique surfa-se no rio. Num rio estreito onde uma pedra à saida de uma ponte faz levantar a agua, transformando-a numa pequena onda contra corrente... eu acho que não conseguia por-me em cima da prancha ali, e a queda parece-me violenta com a corrente forte do rio... mas, olhando a tranquilidade dos surfistas, qualquer modalidade é boa desde que se saiba como aguentar as consequências... e estiverem horas naquele movimento e eu tambem a vê-los...

2º dia em varsovia

Sem novidades sobre a universidade decidi retomar a volta por varsovia, agora que ja sei como me movimentar nela. Não é dificil, os electricos atravessam na vertical e na horizontal as grandes avenidas. Por outro lado, a zona historica faz se bem a pé em cerca de duas a tres horas... mas desta vez queria sentir de novo a logica nazi de um gueto judeu e de dividir a cidades em tres partes, um para judeus, a porçao mais pequena e com maior numero de pessoas, a polaca e a alemã. Podem ter sido outros tempos, mas a ideia politica subjacente faz-me arrepiar. Varsovia transmite-me sentimentos de repulsa, de compreensão de um povo outrora maltratado, de uma cidade abusada. Olho para o palacio da Cultura e o arranha céus semelhante ao existente em Moscovo alicerçam ainda mais esta sensação de abuso, de imperialismo cultural seja com que historia lhe queiramos ornamentar....

primeiras imagens

Hesitei por qual região deveria iniciar imagens.... A que mais gostei foi barcelona, os registos dos grupos que actuavam na rua, as pessoas em alegria de ferias nas ruas estreitas da cidade velha! Mas, optei por Salburgo e munique, mais recente e ponto de ligação por onde me encontro agora e continuarei assim que sair da Polonia. O grupo musical actuava numa rua de munique com uma qualidade muito boa. Fiz apenas um pequeno registo que precisa de ser trabalhado com o dos restantes grupos e sera motivo de um pequeno filme, mais tarde, quando regressar a Portugal... Aqui vai Salzburgo ao som de Piazzolla, tema que ouvi por estas ruas numa quinta feira ao anoitecer...

Em varsovia

hoje estou bem instalado num hotel, com internet e tudo... uma semana de calma... fui á universidade de manhã e ninguem conhecia a minha interlocutora... So ouvia um homem dizer espanhol espanhol... eu dizia sou portugues, portuguese... e ele continuava espanhol..espanhol... estava desesperado e disse que tinha tudo combinado... la conseguiram contactar a senhora e ela disse-me que estava doente e que so precisava de aparecer na proxima quinta feira... irritado, disse-me que estava num programa que me tinha comprometido e que o queria cumprir... nada estava organizado e disse-me que so na quinta feira e que esperava ter estudantes mas que não tinha a certeza... eu estava deveras irritado com a situaçao.. e, então, combinamos um encontro para amanhã... Fui então passear pelo bairro judeu, e apesar de ter o seu charme senti a memoria do que lá se passou há setenta anos... o geto estava marcado e empurraram para lá 300 000 judeus num bairro... de meia duzia de quarteirões... as memórias de um tempo em que a humanidade, neste caso a germanica mostrou o seu mais baixo nível.... ainda me faz confusão como a europa passou por esta vergonha ...

De Praga a Varsovia

No dormitorio o barullho de entrada e saida de people jovem e bebido nao me incomodou ... estava tao cansado que à meia noite estava no dormitorio, eu a chegar e alguns a sairem para a noite boemia em que a minha foi mais sossegada... embora com algumas cervejas tambem, em bares mais tipicos e de ambiente em maiopr calma... e eu que gosto de diversão... mas nesse aspecto sempre acompanhado e nunca sozinho... No hostel olham para mim como ave rara, com aspecto de interrail, cara queimada do surf que me identificam de imediato como espanhol... Sinto um ar de curiosidade que paira, como se não devesse estar ali no hostel... com efeito, na europa os dormitorios estão limitados a menores de 26 anos, alguns até 35 anos... por isso aparecer uma pessoa assim desperta a atenção, o que esta este aqui a fazer?... Na australia não existe esse espírito, alias dormir em dormitórios até faz parte d euma cultura do que apenas uma procura de locais baratos.. Cheio de sono fii o primeiro a acordar no meio de roncos da camarata... sai.. e fui para a etsaçao... entrei numa casa de banhoi e pus a moeda na entrada de toilete para mulheres... tentei sair... e começou a apitar o alarme.. pedi desculpa à responsavel e disse lhe que ainda estoua dormir... ela lá me abriu a porta do lado masculino... à saida despedi me com um sorriso... mas, mais uns metros lembrei me que tinha deixado o casaco na casa de banho... voltei atrás.. madam.. I am crazy mas esqueci-me do casaco lá dentro.. ela olhou para mim como um freek... mas que fazer? acontece...
mas estava a ver que a partida para varsovia continuava em maré cinzenta... no cacifo onde tinha deixado a mochila indicava que faltava pagar mais 60 da moeda checa... ja não tinha mais dinheiro checo... amaldiçoei estes paises que não alinharam no euro... a polícia olhava para o meu desespero.. disse-lhe que nao tinha moedas se me poderiam trocar tres euros... riram-se como é obvio... lá consegui que alguem de trocasse ... mas dei-me conta que ainda faltavam 10 daquela moeda... lá voltei a pedir a alguem que me trocasse os 10 que correspondia 50 centimos... e, sem mais nada a esperar na estacao lá me meti no comboio... esperando mais nenhuma historia destas...
Mas se no país checo as pessoas aparentam ser simpaticas, na polónia são sisudas... e comecei logo com a revisora que teimava que o meu pass global nao correspondia pois nao tinha escrito os paises por onde tinha andado... la lhe expliquei que o meu pass é continuo e nao flexível... ela la estrebuchou qualquer coisa que não entendi... repeti e repeti... e ela lá me deixou em páz.. a seguir entrou uma velhota antipática, olhou para mim e disse -me que esttava no lugar dela... como não tinha reservado o bilhete sai do lugar e sentei me à frente... ao meu lado, um senhor abriu o bilhete e vi que o numero que possuia era onde ela estava sentada e a velha de um cabrão a dizer-me que tinha de sair porque estava a ocupar o lugar dela... era o melhor da carruagem e ela queria lá por-se, e usou este estratagema para me fazer sair dali...

Praga de novo e com praga de turistas...

As tres e meia da manha o comboio parava numa estacao que julgava ser a de saida. Mas nao! era a anterior e nem sequer o comboio estava junto da plataforma... vi toda a gente a sair para a outra linha ao lado e a subir a plataforma... alguem me ajudou e eu sem entender... fui seguindo e dei me entao conta que efectivamente estava na estacao anterior. Por acaso era a estacao central quando o destino nao o era afinal... cansado por mais uma noite sem dormir, percebi que o movimento desta estacao era intenso aquela hora da noite. Primeiro chegaram os miudos das festas de sexta feira, muitos totalmente enfrascados... depois o grupo dos atletas que queriam apanhar omboios as seis da manha para destinos aventura de acordo com o material que transportavam, capacetes, remos e por ai fora... as sete da manha estava apassear me por Praga, com frio mas sem movimento o que permitia deslumbrar esta cidade num momento de sossego... a esta hora, meio dia, esta cheia de horda de turistas e perde muito o interesse. Enquanto barcelona ganha com o movimento infernal nas ruas, acho que esta cidade perde...e um tipo de turismo de excursao que invade todo o canto desta cidade dos palacios. Estou cheio de sono! com os pes a arder e a doerem me sentar me aqui na internet e um momento d egrande relaxe...mesmo grande... vou aproveitar dormir durante a tarde e estar disponivel para a noite Boemia, com cerveja certamente e se calhar algum concerto de jazz nesta cidade, que sei, a noite e bem mais apetecivel...

Em Salzburg

Passei o dia nesta terra de Mozart e do poder eclesiastico dos arcebispos... Foi assim a historia que me apercebi aquando da visita ao castelo. Simpatizei logo com a paisagem que me lembrou logo o filme musica do coracao, aquele filme da minha infancia... ja tao antigo...lol mas as imagens estavam ainda bem presentes na minha memoria... dizem que a medida que envelhecemos perdura as primeiras memorias e esquecem se as recentes... se calhar... mas gostei de estra aqui e estou d epartida para Wiena e praga, para voltar a Wiena depois... Chego as tres e meia da manha a Praga, mais uma noite ao relento a marcar bem o que e um interail sem grande cheta... ainda agora na mesma, sem grande cheta...

Agora em Munique

Sao dez horas da manha e estou com um aspecto horrivel cheio de sono e a precisar de um banho... ja reservei quarto mas so o poderei ocupar depois da uma da tarde... Conto o tempo que falta para um bom banho, dormir umas duas ou tres horas e regressar a Mariaplatz para mergulhar na cerveja da Baviera... ja dei uma volta pelo centro de Munique mas nao achei nada de especial, se calhar devido ao meu cansaco ja nao veja nada que uma boa cama... Amanha parto para Salburgo, sempre sao apenas duas horas e meia de viagem... nada pesado, mas a noiteparto para Praga e a a volta dos comboios... ja durmo de qualquer maneira... so me irrita aquele acordar a moda da policia, a entrarem de rompante pela Carroca (carruagem em italiano...lol), acenderem as luzes tal como a alvorada militar e a pedirem os passaportes... Tenho de aproveitar bem este hotel, a pensao Marie louise...

Em Milao

Milao de Ze Mourinho e de Figo....Chegado a Estacao central de Milao tentei adquirir o bilhete para Munique nessa noite... Achava que um dia em Milao chegava e sobrava... e tinha razao... Milao do teatro Scala, do palacio fortaleza, da grande catedral e do charme... senti que toda a gente anda bem vestida, com gangas que custam os 150 euros, sapatos a ultrapassarem os 20 e camisas a quase 100 euros... eu que tenho um orcamento para estas coisas que nao ultrapasssam os trinta euros a ganga... eu era o mal vestido de Milao... O que gostei mais de Milao sao as pessoas que as acho bonitas mesmo... ate parecidas com rostos portugueses, principalmente os mais jovens... mas a grande diferenca e que a medida que envelhecemos em Portugal nos vamos tornando menos bonitos, achei que os italianos continuavam assim... cuidam se mais e..devem gastar mais do seu orcamento nesses cuidados... tem resultados ... mas prefiro apesar de tudo a nossa naturalidade... (so para me convencer como tao mal vestido poderia funcionar me Milao...:)). E pronto, mais uma noite de comboio a caminho de munique!

De barcelona a Milao

o comboio ia cheio com uma diversidade de gentes que apelava maisao espirito do viajante em interail... A minha frente senta-se uma miuda meio nervosa, mexia e remexia na cadeira, abria e fechava as cortinas e isso estava a deixar me a mim tambem enervado! sempre eram 14 horas de comboio e nao me agradava nada esta agitacao... passada a fronteira e entra a policia de perpignan. passaporte. Os policias sao parecidos em todo o lado... olham de soslaio para as pessoas, olham desconfiados e ficamos sem saber se devemos desviar o olhar ou olha los de frente. Optei por esta compustura! A miuda faltava lhe o visto. julgo que era de um pais de leste. ouvi um deles diyer, il fau l arrester... mau sinal para ela... comecei a perceber a razao do seu nervosismo... la lhe explicaram que a tinha de acompanhar e sair em perpignan! fiquei com pena dela mas o risco de andar ilegamente ... julgo que elatinha essa percepcao pois obedeceu sem perguntas e arrumou as coisas sem diyer uma palavra... A saida de Franca mais um controle de passaportes... E isso repetiu- se na viagem seguinte de milao a munique... senti que a uniao europeia e a uniao mesmo de paises e repete se a mesma coisa assim que se muda de pais, ate no controle dos bilhetes... isso e chato quando se quer aproveitar o comboio da noite para tentar dormir...

Ao terceiro dia tentativa de ser assaltado...

Daqui a tres horas parto para milao, sem antes ter experimentado duas tentativas de ser assaltado. Felizmente estava atento desta vez... A primeira mesmo junto ao computador aonde estou a escrever... tinha a mochila ao lado e senti, alguem colocado atras, no computador de frente a puxar ligeiramente a mochila... dei conta dela rocar me levemente pela perna e de repente pus-lhe a mao em cima... como nao queria a coisa, o individuo levantou-se e saiu ... a noite, a segunda tentativa... dois indiciduos meteram conversa comigo, se eu falava Ingles, onde ficava qualquer sitio que ja nem me lembro... dois individuos a fingirem se de extrangeiros... com conversa da treta... enquando um falava o outro olhava-me para os bolsos, e senti um a aproximar-se de mim... com os bolsos protegidos o individuo apenas conseguiu puxar o meu porta moedas e eu senti logo o movimento... sairam dali imediatamente antes de eu tomar uma reaccao... este e o lado negro das viagens e o cuidado e mesmo muito...e logo eu que sou tao distraido... e tenho este lado fragil de nao ser desconfiado de ninguem... Entretando estou a fazer as despedidas de barcelona, sempre com muita animacao de rua e com uma cidade preparada para nos sentirmos bem... lembra-se como Lisboa poderia ser assi se nao fosse aquele Porto mesmo no meio da cidade... e com vontade de o alargarem... estou farto das nossas solucoes para o futuro... o mundo dos engenheiros...

Banhar me ao sol de Barcelona

Na rua estreita da rua da botequeria, onde se situa o hostal palermo, nao se da conta do dia de sol que fazia hoje... da noite so me lembro das bebedeiras que me iam acordando assim que a noite avancava! Quando acordei, acreditava num dia chuvoso como o anterior. Enchi-me de roupa inutil que me dei logo conta assim que pus os pes fora do hostal... Va de encher a mochila de conveniencia com a roupa que ia sobrando em cima de meu corpo, cada vez mais encalorado... A cidade tem duas cores distintas, a de dia e a da noite, ambas belas e dignas de a sentir... De dia a alegria dos cantores de rua a encher as almas dos turistas e a espera do euro e da compra do cd do grupo. Uma oportunidade para ter o autografo do cantor ou da banda...Todas muito boas a encherem os cantos da cidade velha, guitarra flamenga, orquestra de musica popular, hip hop e jazz de tudo um pouco encheram-me a alma... depois das fotos de dia a completar as de noite tiradas ontem, dirigi-me para porto vell e de novo para a praia... queria estender me na areia, olhar o sol, e sentir as ondas...embora o mediterraneo calmo e um lago de pequenas ondulacoes... levei uma cervejola, umas batatas fritas e deitei me encostado a minha mochila, cheia de roupa e que me fazia agora um jeito a encostar a minha cabeca... estava no paraiso indiferente a multidao que me rodeava... alguem me acordou...massage? abri os olhos... e senti-me em Bali... um rosto meio chines mais me deu essa impressao..massage? nas costas muy bueno... dizia-me a chinesa... non non... sem saber de devia responder em Ingles (como em Bali) se em Portunhol... saiu-me qualquer coisa entre o portunhol e o Ingles... fechei de novo os olhos e parti para Bali... ohhh yeah!

A longa viagem ate Barcelona...

Treze horas de Vigo ate Barcelona... foi demais e a fazer marcar bem o que me vai acontecer no proximo mes... Parti as oito da manha, ainda de noite neste horario a fazer lembrar aquela decisao do Cavaco ha uns anos de querer o horario europeu.... e com chegada a barcelona, tambem de noite as nove horas e quinze minutos... Completamente cansado de estar sentado, procurei logo o caminho para o hostal e a noite de barcelona... As ramblas estavam cheias de gente e a saida do metro no Liceo deu logo a sensacao que estava de novo numa grande metropole... Barcelona nao e uma cidade nova para mim,estive por ca ha sete anos atras com o simao e foi e continua a ser uma cidade de amor a primeira vista... O cansaco da viagem ficou para tras e embrenhei me logo nestas ruas estreitas e cheias de bares a convidar a uma, a duas e a tres cervejas....nao mais... cansado, de rastos mas feliz, o regresso ao hostal deu-me uma noitada calma de quase dez horas de sono... E, agora, de tarde, comecei a redescobrir Barcelona, as praias de S sebastien, com surfistas (!), sim, a aproveitarem uma onda fraca emborabem feita... descobrir que o mediterraneo tambem poderia oferecer surf foi talvez a primeira surpresa agradavel desta terra...
Agora fico ate terca feira por ca pois amanha nao tenho comboio parea Milao...mas nao faz mal, ficar aqui em barcelona significa mais tapas, mais aventura `pelas ruelas laterais as ramblas e visitar e revisitar a cidade velha, numa simbiose perfeita da cidade, da cultura e das alegrias da catalunha.. como eles a sabem bem viver...

La solitude Il n'existe pas...

Pois nao, nao existe mesmo quando se deseja estar com o mundo ou connosco mesmo, acompanhados ou sozinhos... Eu gosto de viajar acompanhado, com um bom ou bons amigos, mas se isso nao acontecer nunca foi impedimento de me soltar... E assim foi... Vigo o primeiro destino...tomar aquela automotora do Porto para Vigo e um avivar de recordacoes...ate a palavra automotora... um pequenino comboio, todo apertado a fazer lembrar a minha infancia quando partiamos para a Figueira da Foz em epoca de praia... logo, boas recordacoes... se eram...mas esta automotora nao lhe fica atras, as estacoes pintadas de azulejos brancos e azuis, da cor das ondas e do mar que lhes bate ao longo do percurso e uma delicia que faz esquecer as tres horas lentas do percurso... e depois Vigo e o Porto de abrigo do mexilhao que nos sabe bem neste permanenete encontro com o mar... as tapas de marisco para aquecer o estomago, quem lhe podera resistir? Assim, ainda nao foi desta que olhei para o meu parco orcamento... vou deixar isso se calhar para os ultimos dias de viagem...

encher e despejar a mochila

Parece um ritual... por mais que tente organizar o que levar, fico sempre com a sensação que levo coisas a mais... e tenho razão, pois em nenhuma viagem utilizei tudo o que meto para dentro da mochila... tentei ser mais comedido desta vez, embora me digam que já sou muito mais comedido que a maior parte das pessoas que viajam... desta vez não vou fazer compras, pelo que não guardo espaço para esse segundo ritual... trazer sempre qualquer coisa... irei resistir? o que vale é que o meu orçamento me leva a pensar muito nos gastos... mas, passar por tanta cidade, vamos ver se resisto a trazer coisas desconhecidas para mim e tentadoras... a decisão é sempre a mesm, para trazer coisas tenho de deixar roupa atrás... pelo que tenho levar as coisas mais usadas que tenho... mas aparecer assim tão mal arranjado na universidade polaca? há limites... embora o limite seja um lema que tento quebrar sempre que posso... e pronto, acho que levo vinte quilos o que é demais para carregar... mas é o que sempre levei, mais quilo menos quilo... acho que os musculos dos braços e das costas vão-se habituando a este peso... fico com 86 quilogramas pesado e bem pesado na minha balança... ultrapassei o indice 25 de massa corporal... por isso...pronto, mais preparado para a dieta que se avizinha nos proximos trinta dias...:)

Quase de partida...

Depois de amanhã parto pa Vigo para iniciar um mês de inter-rail. Esta palavra cheira a juventude, muito embora sejam as pessoas mais velhas as que mais utilizam o comboio... Mas partir quase sem destino, poder modificar as rotas ao nosso sabor, ao que surge no momento é algo que apela com efeito a experiências de outros momentos das nossas vidas... Há vinte e tal anos atrás olhava extasiado para o mapa da europa e parecia-me grande, muito grande o espaço a percorrer. Partir daqui para Paris era uma sensação de viajar para o outro lado do mundo... A viagem que fiz no ano passado na austrália fez-me encurtar essa sensação. Com efeito, ir de Alice Springs a Adelaide são mais de 1500 quilómetros, mais do que a distância do Porto a Paris... e as viagens de 12 e treze horas de comboio são um quase semelhante às viagens de autocarro por aquele deserto australiano... Mas, aqui, em paisagem muitíssimo mais diversificada, em que a língua e a cultura muda de uma estação para outra estação de comboio...A Europa é esta diversidade de culturas, de língua e de história que não encontramos certamente com tamanha heterogeneidade em mais lugar do mundo, pelo menos á distância de um palmo de mão....

Toraja

Toraja é uma região do Sulawaesi. È uma região e traduz uma cultura de um povo que preserva muitas das suas tradições, como a festa de despedida de pessoas que faleceram. A aldeia reune-se para receber a oferta de animais acabados de morrer. Os gritos dos animais contrasta com os gritos das brincadeiras das crianças e a azáfama de homens e mulheres a prepararem a cerimónia! O que domina é a naturalidade das actividades e o estranho nela somos apenas nós, visitantes de passagem a quem os gritos dos animais nos choca inicialmente até que a alegria dos festejos nos faça ir perdendo esse olhar e reter o da cerimónia...