Friday, January 18, 2013

miseria de riquismo

O facebook está atualmente carregado de amigos que emigraram. Esta nova emigração são pessoas jovens com formação superior que tiveram de procurar emprego noutro lugar. O primeiro ministro nega agora que alguma vez tenha sugerido esta hipótese de emigração, como se recusasse uma culpa de algum dia o acusarem da política de desertificação deste país! Ele acredita no milagre da mudança, que a confiança dos mercados vai restabelecer uma economia porque abre as portas novamente ao endividamento barato... Entretanto carrega as autoestradas com mais portagens, deixando estes belos exemplos do museu dos projetos falhados portugueses no deserto de um país que vai diminuindo em população, em carros que circulam em autoestradas mas que enchem as estradas nacionais tal como o fazia há trinta anos quando não tinhamos autoestradas... temos novamente um pais de emigrantes de todos os cantos do pais. Temos autoestradas que rasgam esse mesmo interior, desertas por diversas razões, apenas um betão que atravessa a planície e a serra, a lembrar que quisemos ser novos ricos mas apenas tornámos ricos alguns construtores dessas obras... Já não somos o país pobre e miserento de há quarenta anos! Somos um povo que temos esqueletos de betão por todo o lado, uma agricultura que não existe, jovens que partiram, uma dívida que cresce porque as medidas de política económica se viram contra as mesmas medidas, um governo que espera uma oportunidade para a fuga, uma oposição que quer o poder e a maioria absoluta sem mostrar que alternativas tem para a mudança, continuamos com um país que tem o relvas a palitar os dentes com a unha a lembrar quanto o passado miserento e o novo riquismo podem coexistir...

Friday, July 27, 2012

é a crise..

Passado para o lado de espanha, com a cidade de vérin á vista, procurei a bomba de gasolina que me ia dar o precioso líquido a 1,43 euros em vez dos 1,72 pagos dois dias antes em Portugal... Em trinta litros guardava 9 euros, tanto quanto o estado portugues mete ao bolso para consolidar o seu cadeirão da despesa de uma máquina apodrecida pela corrupção. Sim, estou com D Januário Tougal e no seu grito de revolta! satisfeito o propósito, segui pelo caminho de santiago e depois a via do taméga por montes e vales verdes nesta galiza de tons verdes e amenos. Mas o que eu desejava agora era o reencontro com a serra,com o geres que me ficava á esquerda da janela... pitões das júnias surgia lá longe! Parei em Xeres de Lima para um prato de galamares fritos regados com limão e de cerveja, para continuar em direcção á fronteira. E cheguei ao Lindoso à procura de camping! Encontrei um mesmo à beira do rio com a montanha em frente. Depressa me dei conta que era o unico campista naquele parque. O dono, dizia-me que era o efeito da crise! Es la crise, aqui também... Tenda posta,parti ao passeio á volta do rio. Água apetitosa convidava ao mergulho. Mas só molhei os pés. Entretanto, começava a trovejar. Decido regressar mesmo a tempo de apanhar a primeira grande chuvada de verão... tenda inundada fiquei desollado. Mas a noite era ainda uma criança... deitei-me num ambiente meio humido e desagradável mas suficientemente cansado para ultrapassar o desconforto. Mas de madrugada a trovoada deu lugar a fortes relâmpagos e acordei no meio de uma iluminação frenética contra a montanha... Não sabia se haveria de sair da tenda ou permanecer nela... mas queria que depressa amanhecesse... mais um trovão!despertei de vez. Sozinho naquele parque de campismo, até as sombras das árvores me pareciam suspeitas quando iluminadas pela trovovoada e batidas pelo vento. Encolhi-me no colchão e adormeci com o som cada vez mais longínquo da trovoada... e decidamente quiz regressar á minha doce casinha...

Thursday, July 26, 2012

Chaves sem presunto

Esta é a segunda vez da minha vida que passo pela cidade de Chaves. A primeira foi há cerca de 10 anos numa viagem com o meu filho simão, que começou em Braga e fomos até Barcelona, sem destino, apenas a ensaiar um recomeço de vida pós divórcio... Assentámos no parque de campismo nos arredores de chaves, tal como desta vez. Não sei se era o mesmo, este na quinta do rebentão o outro se calhar também... a memória não faz nenhuma associação...Conhecemos a cidade de noite pelo que apenas retive na altura a ponte romana. Desta vez, percorri os recantos do centro, as esplanadas junto ao rio e o liceu, entre o dia abrasador e a noite ao estilo de caldo espanhol, quente e a convidar a apanhar a aragem. Gostei daquela pronúncia do norte nortenho carregado de chx ao modo da galiza e que deixa os js muitos suavizados das gentes das beiras...Numa cidade bem alegre, vive-se mais de encontro à galiza do que a Portugal...compra-se gasolina em espanha e vive-se o dia a dia na cidade. O ar estava cheio de vozes e de sons franceses, assim como todas as aldeias desta região..è a vinda dos familiares emigrantes e parecem ser mais do que os que ficaram tal o ar aferancesado que é dado á cidade. E ainda bem! Sem emigrantes, Chaves seria apenas dos velhos que ficaram. Sente-se uma alegria no ar entre as compras de fruta e as fotografias aos presuntos de chaves... Somos todos turistas naquela terra, também romanos quando passamos pela ponte e defensores de Portugal quando caminhamos pela fortaleza...e alegres como os galegos pela noite fora...

Sunday, July 22, 2012

Ferias 2012 em Portugal

Felizmente estámo-nos a aproximar das férias. Sem subsídio fica a imaginação para otimizar umas ferias sem cheta...Em portugal concerteza, mas essa é a parte mais agradavel, poder ainda sair de casa, arejar, e reencontrar este país. Os incendios estão a ser uma péssima noticia para quem gosta da natureza e se vê todos os anos confrontado com este problema. Este ano de austeridade parece mostrar que um mal nunca vem só. Mas vai ser campismo sem destino, encontro com a natureza, passeios muitos a pé e surfadas de vez em quando. Pelo menos levo a prancha para o que der e vier...

Tuesday, May 22, 2012

Uma viagem ao dragão

Este ano estou condicionado ao meu rendimento que ficou reduzido. Não haverá viagens fora de Portugal. Mas decidi fazer uma viagem pelos festivais e concertos de verão deste país. Comecei, se calhar, pelo melhor! ir ao dragão por uma boa causa... O azul das cadeiras ficaram vermelhas, verdes ao arco iris. Foi um lindo concerto. Um dos melhores que assisti! resisti a seis horas de pé para marcar bom lugar, com os apertos e a irreverencia da adolescencia que não via com bons olhos um kota ao lado. Queria lá saber! Vivi, revivi, saltei e meti-me de alma e coração na música dos coldplay. Aguentei a chuva que felizmente e por milagre desapareceu naquele grande momento. Tudo valeu a pena mas me emocionar com o grito da multidão no viva la vida e no paradise. Canteiem todas, s que conhecia melhor e as que quase não conhecia. Por magia acompanhava cada canção que surgia do palco a cerca de trinta metros do sitio aonde estava. Fiquei amigo do dragão por me ter proporcionado tal concerto! mas sempre com benfica no coração!

Wednesday, August 17, 2011

o regresso

O regresso traduz um sentimento de dois gumes! O regresso do emigrante é um voltar feliz. O regresso de férias é um retorno nostálgico... logo de manhã fui abastecer-me de pão de cabanitas, o pão mais alentejano de todos os pães... comprei pão para dez dias para prolongar o alentejo por mais uns dias... mais dois bolos de requeijão para relembrar os bolos de minha mãe pela páscoa... e mais uns bolos de doce de fava para esquecer a maldita dieta pois concluo que gordura é formosura não obstante os programas de dieta que pululam por todo o lado... o regresso dá-nos um sentimento de responsabilidade ao trabalho mas também que deixámos algo que gostamos... trabalhamos porque necessitamos dele para viver e que permite regressar ao que mais amamos... é assim mesmo e não há volta a dar-lhe...